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Polícia

Empresário morto em Interlagos foi enterrado vivo, indica laudo

Polícia solicitou a prisão temporária de um dos suspeitos após uma testemunha-chave dizer que viu o crime

Matheus Herbert

27/06/2025 às 13:35  atualizado em 27/06/2025 às 13:39

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Empresário foi encontrado morto em um buraco com apenas um capacete e uma jaqueta

Empresário foi encontrado morto em um buraco com apenas um capacete e uma jaqueta | Arquivo pessoal

Um laudo da Polícia Civil de São Paulo indica que o empresário Adalberto Amarílio Júnior, encontrado morto em buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, foi enterrado vivo. 

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A polícia solicitou a prisão temporária de um dos suspeitos após uma testemunha-chave relatar ter visto três seguranças atacarem o empresário. 

Atualmente, o caso permanece sob sigilo judicial enquanto novas evidências são analisadas.

A causa da morte foi asfixia mecânica, com terra encontrada nos olhos, nariz, boca e pulmões de Adalberto, o que indica que ele respirou no buraco e, por isso, a polícia acredita que ele tenha sido colocado ou jogado no local com vida. 

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A principal linha de investigação dos policiais indica para um possível desentendimento entre Adalberto e os seguranças em razão de uma vaga de estacionamento.

Testemunha chave

Uma testemunha-chave foi à Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) nesta semana acompanhada de um advogado e disse à polícia considerar o caso extremamente complexo.

Em depoimento, a testemunha relatou ter visto o momento do crime e revelou haver se mantido em silêncio por medo de represálias, inclusive por temer pela própria vida.

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Por ter a proteção da polícia, ela decidiu contar o que viu e indicou três seguranças que trabalhavam no Autódromo no dia do crime como autores do homicídio.

Agora, a expectativa é que um ou mais desses envolvidos sejam levados para o DHPP ainda nesta sexta.

O que diz a SSP

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), as investigações prosseguem. Os laudos periciais estão sendo concluídos e são analisados.

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Até o momento, não há pedidos de prisão referente ao caso. Diligências prosseguem com a oitiva de testemunhas para a identificação da autoria e o total esclarecimento do crime.

Ainda segundo a Pasta, demais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.

Manchas de sangue

De acordo com informação que consta em laudo parcial da Polícia Civil, as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem ao próprio empresário e a uma mulher ainda não identificada.

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Esses vestígios de sangue foram encontrados no carro dele no início de junho. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) havia solicitado uma nova perícia no veículo.

Execução de empresário 

A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que há mais de um envolvido na morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior. 

O empresário havia participado de um evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado.

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Para os investigadores da Polícia Civil, é improvável que uma só pessoa conseguisse deixar a vítima no local. Ainda não há acusados do crime.

Laudo PSA

Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao DHPP indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia. 

O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.

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O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.

Andamento do caso

Na tarde da última quarta-feira (18/6), a delegada Ivalda Aleixo com os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.

A Polícia Civil informou que a partir de agora o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos. Novas informações devem ser divulgadas à medida que os resultados dos exames pendentes forem concluídos.

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Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.

Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.

Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.

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Morte e investigação 

O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos. 

Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.

As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.

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Patrimônio do empresário 

O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.

As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.

Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.

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