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Empresário foi encontrado morto em um buraco com apenas um capacete e uma jaqueta | Arquivo pessoal
Um laudo da Polícia Civil de São Paulo indica que o empresário Adalberto Amarílio Júnior, encontrado morto em buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, foi enterrado vivo.
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A polícia solicitou a prisão temporária de um dos suspeitos após uma testemunha-chave relatar ter visto três seguranças atacarem o empresário.
Atualmente, o caso permanece sob sigilo judicial enquanto novas evidências são analisadas.
A causa da morte foi asfixia mecânica, com terra encontrada nos olhos, nariz, boca e pulmões de Adalberto, o que indica que ele respirou no buraco e, por isso, a polícia acredita que ele tenha sido colocado ou jogado no local com vida.
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A principal linha de investigação dos policiais indica para um possível desentendimento entre Adalberto e os seguranças em razão de uma vaga de estacionamento.
Uma testemunha-chave foi à Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) nesta semana acompanhada de um advogado e disse à polícia considerar o caso extremamente complexo.
Em depoimento, a testemunha relatou ter visto o momento do crime e revelou haver se mantido em silêncio por medo de represálias, inclusive por temer pela própria vida.
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Por ter a proteção da polícia, ela decidiu contar o que viu e indicou três seguranças que trabalhavam no Autódromo no dia do crime como autores do homicídio.
Agora, a expectativa é que um ou mais desses envolvidos sejam levados para o DHPP ainda nesta sexta.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), as investigações prosseguem. Os laudos periciais estão sendo concluídos e são analisados.
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Até o momento, não há pedidos de prisão referente ao caso. Diligências prosseguem com a oitiva de testemunhas para a identificação da autoria e o total esclarecimento do crime.
Ainda segundo a Pasta, demais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.
De acordo com informação que consta em laudo parcial da Polícia Civil, as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem ao próprio empresário e a uma mulher ainda não identificada.
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Esses vestígios de sangue foram encontrados no carro dele no início de junho. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) havia solicitado uma nova perícia no veículo.
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que há mais de um envolvido na morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior.
O empresário havia participado de um evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado.
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Para os investigadores da Polícia Civil, é improvável que uma só pessoa conseguisse deixar a vítima no local. Ainda não há acusados do crime.
Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao DHPP indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia.
O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.
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O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.
Na tarde da última quarta-feira (18/6), a delegada Ivalda Aleixo com os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.
A Polícia Civil informou que a partir de agora o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos. Novas informações devem ser divulgadas à medida que os resultados dos exames pendentes forem concluídos.
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Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.
Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.
Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.
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O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos.
Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.
As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.
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O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.
As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.
Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.
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