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Empresário morto em Interlagos: polícia ainda busca autor de crime

Até a tarde desta segunda-feira (30/6), nenhum suspeito pela execução havia sido identificado ou preso; investigação completou um mês

Matheus Herbert

30/06/2025 às 18:50  atualizado em 30/06/2025 às 19:58

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Adalberto Amarilio desapareceu no dia 30 de maio após ir a um festival de motos no Autódromo de Interlagos; corpo foi encontrado no dia 3 de junho em um buraco

Adalberto Amarilio desapareceu no dia 30 de maio após ir a um festival de motos no Autódromo de Interlagos; corpo foi encontrado no dia 3 de junho em um buraco | Reprodução/Redes sociais

A investigação do caso do empresário encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, completou um mês nesta segunda-feira (30/6).

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As autoridades policiais ainda não sabem quem matou Adalberto Amarilio Júnior. Até a tarde desta segunda (30/6), nenhum suspeito pela execução havia sido identificado ou preso. 

Adalberto Amarilio desapareceu no dia 30 de maio após ir a um festival de motos no Autódromo de Interlagos. O corpo dele foi encontrado no dia 3 de junho em um buraco por um funcionário da obra. O caso é investigado como assassinato.

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se seguranças do evento poderiam estar envolvidos no crime. Mas nenhum deles foi indicado ainda como autor do assassinato.

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Dos cerca de 150 seguranças que atuaram no evento, 18 deles já foram ouvidos pela investigação.

Enterrado vivo 

Um laudo da Polícia Civil de São Paulo indica que o empresário foi enterrado vivo

Atualmente, o caso permanece sob sigilo judicial enquanto novas evidências são analisadas.

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A causa da morte foi asfixia mecânica, com terra encontrada nos olhos, nariz, boca e pulmões de Adalberto, o que indica que ele respirou no buraco e, por isso, a polícia acredita que ele tenha sido colocado ou jogado no local com vida. 

A principal linha de investigação dos policiais indica para um possível desentendimento entre Adalberto e os seguranças em razão de uma vaga de estacionamento.

Testemunha-chave

Uma testemunha-chave foi à Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na última semana acompanhada de um advogado e disse à polícia considerar o caso extremamente complexo.

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Em depoimento, a testemunha relatou ter visto o momento do crime e revelou haver se mantido em silêncio por medo de represálias, inclusive por temer pela própria vida.

Por ter a proteção da polícia, ela decidiu contar o que viu e indicou três seguranças que trabalhavam no Autódromo no dia do crime como autores do homicídio.

O que diz a SSP

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), as investigações prosseguem. Os laudos periciais estão sendo concluídos e são analisados.

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Até o momento, não há pedidos de prisão referente ao caso. Diligências prosseguem com a oitiva de testemunhas para a identificação da autoria e o total esclarecimento do crime.

Ainda segundo a Pasta, demais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.

Manchas de sangue

De acordo com informação que consta em laudo parcial da Polícia Civil, as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem ao próprio empresário e a uma mulher ainda não identificada.

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Esses vestígios de sangue foram encontrados no carro dele no início de junho. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) havia solicitado uma nova perícia no veículo.

Execução de empresário 

A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que há mais de um envolvido na morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior. 

O empresário havia participado de um evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado.

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Para os investigadores da Polícia Civil, é improvável que uma só pessoa conseguisse deixar a vítima no local. Ainda não há acusados do crime.

Laudo PSA

Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao DHPP indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia. 

O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.

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O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.

Andamento do caso

Na tarde da última quarta-feira (18/6), a delegada Ivalda Aleixo com os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.

A Polícia Civil informou que a partir de agora o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos. Novas informações devem ser divulgadas à medida que os resultados dos exames pendentes forem concluídos.

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Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.

Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.

Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.

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Morte e investigação 

O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos. 

Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.

As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.

Patrimônio do empresário 

O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.

As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.

Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.

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