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Empresário morto em Interlagos: tortura e morte de catador pode desvendar caso

Execução de um catador de recicláveis pode ajudar a desvendar a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior

Matheus Herbert

22/06/2025 às 13:48  atualizado em 22/06/2025 às 14:15

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Corpo de empresário foi encontrado em buraco no Autódromo de Interlagos

Corpo de empresário foi encontrado em buraco no Autódromo de Interlagos | Reproodução/TV Globo/Redes sociais

A execução de um catador de recicláveis na região do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, pode ajudar a desvendar a morte misteriosa do empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 35 anos. 

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O catador foi encontrado morto no local em novembro do ano passado. Já o empresário foi achado morto em um buraco de uma obra no Autódromo, no dia 3 de junho. 

Para a Polícia Civil de São Paulo, os dois casos podem indicar uma ação truculenta de vigilantes da região. 

Morte de catador 

O catador de materiais recicláveis Marcelo Edmar, de 26 anos, foi torturado por vigilantes e morreu no dia 8 de novembro de 2024.

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Ele teria escalado o muro para acessar o Autódromo de maneira irregular e foi impedido por seguranças. Ele teria sido amarrado e espancado até a morte. 

Dois vigilantes estão presos e respondem a uma ação criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por tortura.

Execução de empresário 

A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que há mais de um envolvido na morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior. 

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O empresário havia participado de um evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado.

Para os investigadores da Polícia Civil, é improvável que uma só pessoa conseguisse deixar a vítima no local. Ainda não há acusados do crime.

Agora, a polícia apura se Adalberto foi vítima de seguranças do autódromo. 

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Manchas de sangue 

De acordo com informação que consta em laudo parcial da Polícia Civil, as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem ao próprio empresário e a uma mulher ainda não identificada.

Esses vestígios de sangue foram encontrados no carro dele no início de junho. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) havia solicitado uma nova perícia no veículo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), o exame de DNA confirmou que o sangue é de Adalberto e de um perfil feminino não identificado. A polícia ainda faz coletas e exames para esclarecer o caso.

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A equipe do DHPP enviou à perícia amostras de DNA da esposa do empresário, Fernanda Dândalo, para comparação. A investigação já descartou a hipótese do envolvimento de uma suposta amante.

Ainda não é possível determinar há quanto tempo as manchas estavam no veículo. As investigações continuam em andamento.

Laudo PSA

Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao DHPP indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia. 

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O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.

O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.

Andamento do caso

Na tarde da última quarta-feira (18/6), a delegada Ivalda Aleixo com os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.

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A Polícia Civil informou que a partir de agora o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos. Novas informações devem ser divulgadas à medida que os resultados dos exames pendentes forem concluídos.

Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.

Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.

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Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.

Morte e investigação 

O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos. 

Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.

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As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.

Patrimônio do empresário 

O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.

As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.

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