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Empresário havia participado de evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado | Reprodução
A Polícia Civil de São Paulo mantém, após quase dois meses, as investigações sobre a morte do empresário Adalberto Amarílio Júnior. O corpo dele foi encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, no dia 3 de junho.
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A polícia aguarda os resultados de exames periciais e quer ouvir depoimentos de mais testemunhas para concluir o inquérito.
Na última semana, a reportagem da Gazeta divulgou que ao menos cinco seguranças são investigados pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por suspeita de terem algum tipo de envolvimento na morte.
Quatro deles foram ouvidos na semana passada na delegacia que investiga o caso. Todos ficaram em silêncio.
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Um dos investigados é um lutador de jiu-jitsu, que chegou a ser detido em flagrante por posse ilegal de 21 munições de revólver calibre 38. O homem foi liberado pela polícia após ser autuado por esse crime e pagar fiança para responder em liberdade. O material foi apreendido.
O lutador era um dos coordenadores da segurança e já tinha antecedentes criminais por furto, associação criminosa e ameaça.
Outro suspeito ainda não foi localizado pelo DHPP para prestar esclarecimentos. Ele também participava da coordenação junto aos demais seguranças. A polícia vai intimá-lo a comparecer na delegacia para ser ouvido.
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Para a investigação, dois desses cinco investigados podem ter participado mais diretamente do crime, inclusive do assassinato de Adalberto.
Nenhum dos seguranças foi indiciado ainda pelo homicídio de Adalberto. O DHPP avalia se solicitará à Justiça a prisão de algum dos suspeitos. O texto contém informações do g1.
Na tarde da última sexta-feira (18/7), a Polícia Civil concedeu uma entrevista coletiva para atualizar o caso e divulgou que dois nomes de seguranças foram ocultados na lista entregue pela empresa responsável por atuar no local no dia do crime.
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A Polícia Civil tenta entender o motivo de dois nomes terem sido ocultados da lista inicial disponibilizada nas investigações, e se esses seguranças, que tinham cargo de liderança, foram os responsáveis pela morte.
Na coletiva participaram o secretário-executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, e o delegado responsável pela investigação, Rogério Thomaz.
“Estranhamente, o segurança lutador de artes marciais não voltou para trabalhar no dia seguinte”, informou o delegado Osvaldo Nico.
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A polícia também confirmou que os celulares dos dois principais suspeitos chegaram 'apagados' para análise.
“A gente não consegue apontar essa autoria, até seria leviano. Com certeza, alguma coisa eles têm pra falar. Tanto que os celulares estão periciados”, complementou Nico.
Um laudo da Polícia Civil de São Paulo indica que o empresário foi enterrado vivo. Atualmente, o caso permanece sob sigilo judicial enquanto novas evidências são analisadas.
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A causa da morte foi asfixia mecânica, com terra encontrada nos olhos, nariz, boca e pulmões de Adalberto, o que indica que ele respirou no buraco e, por isso, a polícia acredita que ele tenha sido colocado ou jogado no local com vida.
A principal linha de investigação dos policiais indica para um possível desentendimento entre Adalberto e os seguranças em razão de uma vaga de estacionamento.
Uma testemunha-chave foi à Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) no mês passado, acompanhada de um advogado e disse à polícia considerar o caso extremamente complexo.
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Em depoimento, a testemunha relatou ter visto o momento do crime e revelou haver se mantido em silêncio por medo de represálias, inclusive por temer pela própria vida.
Por ter a proteção da polícia, ela decidiu contar o que viu e indicou três seguranças que trabalhavam no Autódromo no dia do crime como autores do homicídio.
De acordo com informação que consta em laudo parcial da Polícia Civil, as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem ao próprio empresário e a uma mulher ainda não identificada.
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Esses vestígios de sangue foram encontrados no carro dele no início de junho. Após o material genético ter sido detectado, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) havia solicitado uma nova perícia no veículo.
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que há mais de um envolvido na morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior.
O empresário havia participado de um evento de motos no local quatro dias antes do corpo ser localizado.
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Para os investigadores da Polícia Civil, é improvável que uma só pessoa conseguisse deixar a vítima no local. Ainda não há acusados do crime.
Um dos três laudos entregues pela Polícia Técnico-Científica ao DHPP indica sêmen no empresário. O laudo é o de pesquisa de Antígeno Prostático Específico (PSA), que pode identificar se o empresário teve relações sexuais antes de ser assassinado por asfixia.
O PSA é uma proteína produzida principalmente pela próstata, glândula do sistema reprodutor masculino responsável por gerar um fluido que, junto aos espermatozoides, compõem o sêmen. A presença de PSA está ligada a uma alta concentração de sêmen.
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O resultado, porém, não permite determinar o contexto em que houve a liberação do material biológico. O exame também deu negativo para as regiões do ânus e da boca.
No dia 18 de junho, a delegada Ivalda Aleixo com os delegados Fernando Elian e Rogério Thomaz deram uma entrevista coletiva na sede do DHPP para falar sobre os desdobramentos da investigação.
A Polícia Civil informou que o caso está sob sigilo de Justiça, devido à complexidade dos fatos.
Durante a coletiva, as autoridades policiais revelaram que mantêm todas as linhas de investigação abertas, incluindo a participação de funcionários, seguranças, vendedores e frequentadores do evento.
Os peritos encontraram escoriações no pescoço de Adalberto, que podem indicar esganadura. A polícia já considerou a hipótese de ele ter sofrido um golpe mata-leão durante algum confronto.
Na ocasião, a SSP-SP disse que não serão divulgadas mais informações para preservar e garantir a autonomia do trabalho policial.
O empresário estava desaparecido desde o dia 30 de maio e foi encontrado morto, sem as calças e sem o tênis, na terça-feira (3/6) em um buraco de obra com cerca de 3 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, no Autódromo de Interlagos.
Ele havia ido ao local participar de um evento de experiências com motos, o Festival Interlagos.
As suspeitas indicavam que quem deixou o corpo da vítima sabia que o buraco seria concretado e planejava usar isso para eliminar qualquer evidência.
O patrimônio do empresário impressionou. Adalberto tinha vários imóveis em seu nome, como apartamento, casa, carros de luxo e empresa.
As informações foram fornecidas pela mulher dele, Fernanda Grando Dândalo, de 34 anos, em depoimento à polícia, ao qual a CNN teve acesso.
Desde o início do caso, Fernanda acredita que o marido tenha sido vítima de crime.
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