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Polícia

Estudante de Direito é investigada por série de assassinatos com veneno

Investigação indica que a universitária cometeu homicídios com a ajuda da irmã gêmea e, em um dos crimes, foi contratada por uma amiga

Hebert Dabanovich

13/10/2025 às 10:25  atualizado em 13/10/2025 às 12:14

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Justiça investiga Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, presa preventivamente em julho

Justiça investiga Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, presa preventivamente em julho | Reprodução

A Justiça investiga Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, presa preventivamente em julho deste ano por suspeita de envolvimento em quatro homicídios ocorridos entre janeiro e maio, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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Na última terça-feira (7/10), a irmã gêmea dela, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas, foram detidas em Guarulhos, na Grande São Paulo, suspeitas de participarem dos crimes que teriam como motivação a apropriação de bens e dinheiro das vítimas.

Ana Paulo cursava Direito e, segundo a Polícia Civil, o caso veio à tona após a universitária tentar envenenar colegas da faculdade em Guarulhos.

A tentativa ocorreu no início do ano, quando Ana Paula deixou um bolo com veneno na universidade para os colegas, fingindo ser outra pessoa. Segundo a polícia, ela deixou um bilhete que dizia:

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“Para a turma de Direito 4D, um ótimo feriadão! Um bolo para adoçar a manhã de vocês!”

Nenhum aluno consumiu o bolo. Segundo o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial de Guarulhos, em entrevista à TV Globo, Ana Paula alegou que o ato tinha como objetivo se vingar e incriminar a mulher de um policial militar, com quem mantinha relacionamento extraconjugal.

Durante as investigações, a polícia descobriu que Ana Paula estava ligada a quatro mortes ocorridas em Guarulhos, Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e em São Paulo.

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Em todos os casos, ela estava envolvida como denunciante ou testemunha, o que também levantou suspeitas da polícia, que já a considera serial killer.

As vítimas identificadas até o momento são:

  • Marcelo Hari Fonseca, 51 anos, dono de um imóvel em Guarulhos para o qual Ana Paula pagava aluguel, morto em 31 de janeiro;

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  • Maria Aparecida Rodrigues, amiga conhecida em um aplicativo de relacionamentos, morta em 11 de abril em Guarulhos;

  • Neil Corrêa da Silva, aposentado de 65 anos e pai de uma ex-colega de faculdade da estudante, morto em 26 de abril em Duque de Caxias;

  • Hayder Mhazres, tunisiano de 21 anos e namorado de Ana Paula, morto em 23 de maio em São Paulo.

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    Segundo o Ministério Público, Ana Paula contou com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, também de 35 anos, em todos os homicídios.

    Além disso, Michelle Paiva da Silva, 43 anos, filha de Neil, teria contratado as irmãs para matar o próprio pai, por R$ 4 mil.

    O objetivo dos crimes, segundo a denúncia do MP, era ficar com bens e dinheiro das vítimas. Ana Paula é ré na Justiça pelos quatro homicídios.

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    Roberta ainda não foi formalmente denunciada, mas deverá responder por suspeita de participação nos mesmos crimes. Michelle poderá ser acusada apenas pelo assassinato do próprio pai.

    As quatro vítimas apresentaram edemas nos pulmões e sinais internos de envenenamento. Três corpos foram exumados para análise, enquanto o de Hayder foi encaminhado para a Tunísia, onde foi enterrado.

    Os peritos suspeitam do uso de “chumbinho”, veneno popularmente usado contra ratos.

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    Cronologia dos crimes:

    • 31 de janeiro - Marcelo Hari Fonseca: corpo encontrado em avançado estado de putrefação em Guarulhos. Investigação inicial foi arquivada por falta de provas e depois reaberta, apontando envenenamento.

    • 11 de abril - Maria Aparecida Rodrigues: recebeu café e bolo preparados por Ana Paula em Guarulhos. A vítima passou mal e morreu. A universitária não compareceu ao velório nem ao enterro.

    • 26 de abril - Neil Corrêa da Silva: morreu após ingerir feijoada levada por Ana Paula a Duque de Caxias. Mensagens de WhatsApp indicam que as irmãs usavam a sigla “TCC” como código para cobrar o pagamento de R$ 4 mil de Michelle. Ana Paula teria testado o veneno em dez cães antes de aplicar no aposentado, segundo a investigação.

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  • 23 de maio -Hayder Mhazres: namorado tunisiano de Ana Paula, passou mal no apartamento enquanto a estudante estava com ele. Familiares afirmaram que ela mentiu sobre uma gravidez para obter dinheiro. O corpo não foi periciado no Brasil.

  • Ana Paula foi presa preventivamente em julho na capital paulista. Roberta foi detida em agosto, e Michelle, na última terça-feira (7/10), em Guarulhos.

    As três continuam sendo investigadas para apurar se há outras vítimas.

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