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Polícia

Falha médica causou morte de criança após atropelamento, diz família

Menino foi levado a UPA de São Mateus e de lá para hospital, onde não havia neurocirurgião nem tomografia

Matheus Herbert

10/06/2025 às 20:05

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Henry estava com o pai, Aquiles, na última sexta-feira (6/6) em um barzinho em São Mateus quando, por volta das 17h30, correu para atravessar a rua e acabou atropelado

Henry estava com o pai, Aquiles, na última sexta-feira (6/6) em um barzinho em São Mateus quando, por volta das 17h30, correu para atravessar a rua e acabou atropelado | Reprodução/TV Globo

Familiares de Henry Trevinio Souza, criança de 3 anos que sofreu morte cerebral após ser atropelada em São Mateus, na zona leste de São Paulo, acreditam que a demora no atendimento pode ter contribuído para o agravamento do quadro do menino.

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Henry estava com o pai, Aquiles Souza Santos, em um bar em São Mateus, na última sexta-feira (6/6), quando, por volta das 17h30, correu para atravessar a rua e foi atropelado. O acidente foi na rua Forte dos Reis Magos, no Parque São Rafael. 

A motorista do carro parou, prestou socorro e levou a criança e o pai até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Mateus. De lá, o garoto foi encaminhado de ambulância até o Hospital Geral de São Mateus.

Porém, ao chegar, a família foi avisada que o equipamento de tomografia estava quebrado e que não tinha médico neurocirurgião no hospital.

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Demora no atendimento 

Após cinco horas, o hospital avisou sobre uma vaga no Hospital Santa Marcelina de Itaquera. Somente às 10h da manhã de sábado (7/6) chegou uma ambulância com um médico para acompanhar a transferência da criança. O texto conta com informações do g1. 

O menino foi operado somente às 19h, mas, segundo a família, diante dessa demora de mais de 24 horas, não foi possível estancar uma hemorragia intracraniana, que evoluiu para morte encefálica. Para a família de Henry, trata-se de uma negligência médica.

Em nota, o Hospital Santa Marcelina Saúde disse que a criança foi atendida prontamente assim que chegou à unidade. Confira a nota na íntegra no fim desta reportagem. 

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O Hospital Santa Marcelina teria comunicado à família a morte de Henry nesta segunda (9/6) às 14h05. 

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) e a Secretaria da Saúde para comentarem a ocorrência. 

A SSP pontuou que enviou policiais ao hospital para conversar com os familiares e que o caso será investigado. 

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"Policiais civis do 49° Distrito Policial (São Mateus) compareceram ao Hospital e conversaram com os familiares para a apresentação da ocorrência junto à Polícia Civil. O caso será registrado na unidade policial e todas as medidas cabíveis serão adotadas para o devido esclarecimento dos fatos", sinalizou a nota da pasta de segurança. 

Já a pasta estadual de Saúde sinalizou à Gazeta que segue à disposição da família para todos os esclarecimentos e que o garoto foi transferido para o Hospital Santa Marcelina de Itaquera, referência para o atendimento de alta complexidade em neurologia na leste da Capital. 

"O Hospital Geral de São Mateus está à disposição da família para todos os esclarecimentos necessários. O paciente H.N.T deu entrada no pronto-socorro (PS) do São Mateus às 18h54 da última sexta-feira (6), após ser encaminhado por vaga zero pela Central de Regulação de Urgência e Emergência (Crue) da cidade de São Paulo. Às 9h30 de sábado (7), o paciente foi transferido para o Hospital Santa Marcelina de Itaquera, referência para o atendimento de alta complexidade em neurologia na zona leste de São Paulo. A transferência foi feita com prioridade, após estabilização de seu quadro clínico", diz a Secretaria de Estado da Saúde. 

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Nota Hospital Santa Marcelina Saúde

Em nota, o Hospital Santa Marcelina Saúde informou que, “assim que deu entrada na unidade, o paciente foi prontamente atendido pela equipe de pediatria, sendo posteriormente avaliado pelas especialidades de cirurgia geral e neurocirurgia”.

Acrescentou que, “após a realização dos exames de urgência, as equipes médicas indicaram a necessidade de procedimento cirúrgico”.

Disse ainda que o hospital é “referência em atendimentos de alta complexidade e reconhecido por seu compromisso com a humanização e a excelência no cuidado” e mobilizou todos os recursos necessários para garantir o melhor suporte ao paciente.

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