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Polícia

Justiça decreta prisão de 8º suspeito de participar da morte de ex-delegado-geral

DHPP informou que mantém as investigações para identificar e prender todos os envolvidos no crime

Yasmin Gomes

23/09/2025 às 19:59

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Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado em Praia Grande, no litoral de SP, durante emboscada

Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado em Praia Grande, no litoral de SP, durante emboscada | Reprodução

A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira (23/9) a prisão temporária do oitavo suspeito de participar do assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. O nome do suspeito ainda não foi divulgado.

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O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) informou que mantém as investigações para identificar e prender todos os envolvidos no crime cometido na última segunda-feira (15/9).

Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, durante uma emboscada. 

Até o momento, Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, Dahesly Oliveira Pires e Rafael Dias Simões foram presos e quatro investigados são procurados.

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Investigação

Desde o assassinato, uma força-tarefa entre as polícias do Estado investiga o caso. Estão envolvidos na operação agentes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Deinter-6, responsável pela Baixada Santista.

A Polícia Militar também atua com reforço do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Santos e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

Segundo a SSP-SP, há duas linhas principais de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, com atuação direta contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido em alta velocidade por outro veículo. Outras câmeras flagraram os primeiros tiros que atingiram Ruy.

Envolvimento do PCC

Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo considerado um dos principais inimigos da organização. De acordo com Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo, não há dúvidas do envolvimento do PCC na morte de Ruy.

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Segundo ele, a investigação também considera a possibilidade de participação de outros membros do PCC que atuam na Baixada Santista. No entanto, ainda há uma investigação sobre o que motivou o crime.

Os suspeitos Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano e identificado como integrante do PCC, já preso por tráfico de drogas e roubo, e Flávio Henrique Ferreira de Souza estão foragidos.

“Para nós não resta dúvida. A dúvida é se a execução foi motivada pelo combate ao crime organizado durante a carreira do delegado ou por sua atuação recente como secretário em Praia Grande. Agora, que houve participação do PCC, não resta dúvida, principalmente pela presença do Mascherano, indivíduo de relevância dentro da facção”, declarou.

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Quem era Ruy?

Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com pós-graduação em Direito Civil, Ruy Ferraz Fontes também tinha especialização em Administração Pública.

Ele tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil paulista, da qual estava licenciado, e era considerado inimigo do PCC.

Participou de cursos internacionais, como treinamento antidrogas e antiterrorismo na França e aperfeiçoamento em repressão ao narcotráfico no Canadá.

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Ao longo da carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e DHPP.

Fontes esteve à frente da Policia Civil no ataque de adolescentes a uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que matou oito pessoas, além dos dois atiradores, que também morreram.

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