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Marcola está em penitenciária federal desde 2019 e vai cumprir pena pelo menos até o fim deste ano | Rogério Cassimiro/Folhapress
A defesa de Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), nega qualquer relação do cliente com a execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no litoral paulista, na segunda-feira (15/9).
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Na carta divulgada nesta terça-feira (16/9), a defesa afirma ser “absolutamente inverossímil” atribuir a Marcola qualquer participação no crime, uma vez que ele está preso desde 2019 em penitenciária federal de segurança máxima, sob monitoramento integral.
Para os advogados, a tentativa de vinculá-lo à morte de Ruy Ferraz “carece de fundamento lógico ou jurídico” e serviria apenas para “alimentar narrativas midiáticas distorcidas”.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta quarta-feira (17/9) um dos suspeitos de participar da morte do ex-delegado-geral.
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O pronunciamento da defesa contrasta com uma das teses de investigação da Secretaria de Segurança Pública paulista, que tem como uma das teorias para o crime uma retaliação do PCC.
Condenado a mais de 30 anos de prisão, Marcola está em penitenciária federal desde 2019 e vai ficar pelo menos até o fim de 2025, a pedido do Ministério Público paulista.
Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa PCC, sendo considerado um dos principais inimigos da organização.
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Em 2006, ele foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção, inclusive o Marcola, antes de serem isolados na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo.
Ele estava aposentado da polícia, e em janeiro de 2023 assumiu a secretaria de Administração em Praia Grande.
Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com pós-graduação em Direito Civil, Ruy Ferraz Fontes também tinha especialização em Administração Pública.
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Ele tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil paulista, da qual estava licenciado, e era considerado inimigo do PCC.
Participou de cursos internacionais, como treinamento antidrogas e antiterrorismo na França e aperfeiçoamento em repressão ao narcotráfico no Canadá.
Ao longo da carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e DHPP.
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Fontes esteve à frente da Policia Civil no ataque de adolescentes a uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que matou oito pessoas, além dos dois atiradores, que também morreram.
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