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Polícia

Megaoperação mobiliza 2,5 mil policiais, deixa mais de 60 mortos e apreende fuzis

Entre as vítimas estão quatro policiais; operação ainda está em andamento em pontos da zona norte

Yasmin Gomes

28/10/2025 às 18:30  atualizado em 28/10/2025 às 18:58

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Esta é a operação mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara

Esta é a operação mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara | RS/Fotos Públicas

Uma megaoperação, denominada “Operação Contenção”, mobilizou 2,5 mil policiais nesta terça-feira (28/10) contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.

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Na ação, pelo menos 64 pessoas morreram, incluindo quatro policiais, e 81 foram presas. Além dos mortos, três civis foram feridos. Segundo o Palácio Guanabara, esta é a operação mais letal da história do estado.

No início da tarde, o tráfico orquestrou represálias em várias partes da cidade, que vive horas de tensão em um cenário de guerra. Barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais.

Até a última atualização desta reportagem, a ação ainda estava em andamento, com relatos de mais feridos.

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Em função dos múltiplos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, em uma escala de 1 a 5, e a Polícia Militar colocou todo o efetivo nas ruas.

 

Os policiais mortos são:

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  • Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
  • Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
  • Cleiton Searafim Gonçalves, policial do Bope;
  • Herbert, policial do Bope.

Entenda a operação

A Operação Contenção é uma iniciativa permanente do governo do estado para combater o avanço do CV em territórios fluminenses.

Foram mobilizados ao menos 2,5 mil agentes das forças de segurança para cumprir 100 mandados de prisão. Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e montaram barricadas em chamas. Um vídeo mostra quase 200 disparos em um minuto, em meio a colunas de fumaça.

A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos durante a ocupação do Alemão, em 2010.

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Na operação também foram apreendidos 75 fuzis, duas pistolas e nove motos.

Operador do CV preso

Entre os presos estão Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região, e Nicolas Fernandes Soares, indicado como operador financeiro de Edgar Alves de Andrade (conhecido como Doca ou Urso), um dos altos líderes do CV.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi planejada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.

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Impactos

Criminosos usaram veículos como barricadas, bloqueando vias em diversos bairros do Rio em retaliação à megaoperação da Segurança Pública do Rio contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha.

Desde o início da tarde, ônibus foram usados como barricadas em diversos bairros e vias expressas: Avenida Brasil, Linha Amarela, Linha Vermelha, Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, Centro, Rio Comprido, Tijuca, Vila Isabel, Engenho Novo, Méier, Cascadura, Engenho da Rainha, Freguesia, Taquara, Cidade de Deus, Anchieta, Guadalupe, Chapadão, Complexo do Alemão e Penha, e na BR-101, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo a Rio Ônibus, mais de 100 linhas tiveram seus itinerários alterados. Já a Mobi-Rio informou que os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além dos serviços de conexão, também foram impactados pelas operações.

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade federal Fluminense (UFF) e a Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC) de Quintino suspenderam as aulas na tarde desta terça.

Escolas particulares em diversas regiões da cidade estão pedindo que os pais busquem os filhos por conta da insegurança.

A Secretaria Municipal de Educação informou que, na região do Complexo do Alemão, 31 escolas foram impactadas e outras 17 unidades no Complexo da Penha.

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