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Motéis usados pelo PCC em SP lavam R$ 450 milhões em 4 anos; veja lista

Operação Spare deflagrou rede de lavagem de dinheiro formada por 60 motéis

Lucas Souza

25/09/2025 às 17:25  atualizado em 25/09/2025 às 17:30

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Motel Vision é um dos 60 motéis identificados em Operação Spare

Motel Vision é um dos 60 motéis identificados em Operação Spare | Reprodução

A Operação Spare, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), da Receita Federal (RF) e da Polícia Militar (PM), revelou nesta quinta-feira (25/9) uma rede de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvendo cerca de 60 motéis e empresas do setor hoteleiro.

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Ao todo, esses 60 motéis teriam movimentado mais de R$ 450 milhões entre 2020 e 2024, contribuindo para o aumento patrimonial de sócios da facção criminosa.

Maramores Empreendimentos Hoteleiros fica em Ribeirão Pires, na Grande SP.

/Foto: Reprodução/Facebook
Maramores Empreendimentos Hoteleiros fica em Ribeirão Pires, na Grande SP. /Foto: Reprodução/Facebook
Motel Uma Noite em Paris fica em Itaquaquecetuba, na Grande SP.

/Foto: Divulgação/Motel Paris
Motel Uma Noite em Paris fica em Itaquaquecetuba, na Grande SP. /Foto: Divulgação/Motel Paris
Motel Chamour fica em São Paulo.

/Foto: Divulgação/Chamour
Motel Chamour fica em São Paulo. /Foto: Divulgação/Chamour
Motel Casual fica em Santo André, no ABC Paulista.

/Foto: Divulgação/Motel Casual
Motel Casual fica em Santo André, no ABC Paulista. /Foto: Divulgação/Motel Casual
Mille Motel fica em São Paulo.

/Foto: Reprodução
Mille Motel fica em São Paulo. /Foto: Reprodução
Motel Vison fica em Guarulhos, na Grande SP.

/Foto: Reprodução
Motel Vison fica em Guarulhos, na Grande SP. /Foto: Reprodução

Desses, nove foram identificados e ficam espalhados na capital paulista, no ABC Paulista, na Grande São Paulo e no interior.

Veja lista e localização:

  • Maramores Empreendimentos Hoteleiros (Ribeirão Pires - Grande SP)
  • Motel Uma Noite em Paris (Itaquaquecetuba - Grande SP)
  • Motel Chamour (São Paulo)
  • Motel Casual (Santo André - ABC Paulista)
  • Sunny Empreendimentos Hoteleiros (Santo André - ABC Paulista)
  • Mille Motel (São Paulo)
  • Marine Empreendimentos Hoteleiros (São Bernardo do Campo - ABC Paulista)
  • Ceesar Park Empreedimentos Hoteleiros
  • Motel Vison (Guarulhos - Grande SP)

Além dos motéis, o esquema também incluía lojas franqueadas, empreendimentos no ramo da construção civil e postos de combustíveis, movimentando R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024.

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Operação Spare

A Operação Spare foi deflagrada após a descoberta de que a conta de iCloud (serviço da Apple) de um operador do grupo criminoso armazenava comprovantes digitais de transferências de motéis para uma fintech.

A partir das informações armazenadas na conta, foram identificados cerca de 21 CNPJs ligados a 98 estabelecimentos de uma única franquia, todos em nome de alvos da investigação.

Segundo a Receita Federal, entre 2020 e 2024, essas empresas movimentaram R$ 1 bilhão, mas emitiram notas fiscais que correspondiam a pouco mais da metade desse valor — cerca de R$ 550 milhões.

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Nesse período de quatro anos, foram recolhidos R$ 25 milhões em tributos federais, enquanto R$ 88 milhões em lucros foram distribuídos aos sócios, segundo informações do g1.

Distribuição de renda

Segundo a investigação, um dos motéis distribuiu 64% da receita bruta declarada. Já os restaurantes localizados dentro dos motéis, e registrados sob CNPJs distintos, repassaram R$ 1,7 milhão em lucros.

A receita registrada por um desses estabelecimentos, por exemplo, foi de R$ 6,8 milhões entre 2022 e 2023.

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O esquema de lavagem de dinheiro é semelhante ao identificado na Operação Carbono, também envolvendo postos de combustíveis e com participação do PCC.

“A movimentação financeira desses motéis era muito diferente do que eles declaravam como receita. Então, fica claro que ali não é apenas receita [do serviço de motel], mas ali entrava dinheiro ilegal como se fosse atividade empresarial. Mas não sendo”, disse a superintendente da Receita Federal em São Paulo, Márcia Meng.

Além disso, os CNPJs dos motéis vinculados a integrantes do PCC apresentaram movimentações imobiliárias milionárias. Como exemplo, um imóvel adquirido em 2021 custou R$ 1,8 milhão, enquanto outro, comprado em 2023, foi vendido por R$ 5 milhões.

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