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Desvios começaram em 2021, quando a neta passou a ser responsável por cuidar das finanças do idoso | Pedro Ladeira/Folhapress
Uma mulher de 35 anos é suspeita de desviar cerca de R$ 200 mil de contas bancárias do próprio avô, de 87 anos. Para se desvencilhar do crime, a neta falava para o avô que o presidente Lula “teria cortado” o pagamento.
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O caso ocorreu em Ponta Grossa, no Campos Gerais, no Paraná. Segundo o delegado Gabriel Munhoz, os valores eram da aposentadoria mensal recebida pelo idoso e de um precatório (dívida paga após processo judicial).
Os desvios começaram em 2021, quando a neta passou a ser responsável por cuidar das finanças do idoso. Golpes com idosos são recorrentes por todo o País. Recentemente, uma idosa foi enganada por uma dupla e perdeu R$ 260 mil, com o golpe do bilhete premiado.
A neta entregava ao idoso apenas parte do valor da aposentadoria e alegava que o restante estava guardado. Quando o avô a questionava sobre o décimo terceiro salário, a neta afirmava que “o Lula tinha cortado”, segundo o inquérito.
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Segundo a investigação, a neta também realizava empréstimos e abria contas no nome do avô sem a autorização e chegou a criar uma personagem fictícia que se apresentava como funcionária da Caixa Econômica, para enganar o idoso.
As investigações apontam que, no total, ela desviou cerca de R$ 72 mil da aposentadoria do avô. Do precatório, a mulher se apropriou de cerca de R$ 109 mil do total de R$ 123,8 mil depositados na conta do homem, explica o delegado. No total, R$ 181 mil foram desviados.
O golpe só foi descoberto após o filho da vítima notar que o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) do carro do idoso estava atrasado há três anos, mesmo com o idoso entregando o dinheiro à neta para o pagamento.
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A suspeita foi indiciada por estelionato, majorado pelo crime ser cometido contra idoso. Ela também responde pelo crime ter sido cometido de forma continuada, uma vez que, segundo o delegado, os golpes foram aplicados ao longo de vários anos.
Para o crime, o Código Penal prevê pena de até 10 anos de prisão. Ela vai responder em liberdade. Segundo Munhoz, em depoimento, a neta negou os atos. O nome dela não foi divulgado.
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