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Rafael Dias Simões, de 43 anos, é o sexto suspeito de participar da execução de Ruy Ferraz Fontes | Divulgação
A Justiça de São Paulo decretou na noite desta sexta-feira (19/9) a prisão temporária do sexto suspeito de participar da execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes.
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De acordo com a polícia, o suspeito é Rafael Dias Simões, de 43 anos. Na manhã de sexta, outro suspeito, identificado como Luiz Henrique Santos Batista e conhecido como “Fofão”, também foi preso.
As fotos e os nomes das outras cinco pessoas suspeitas de participarem da execução também já foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, durante uma emboscada. O crime aconteceu na última segunda-feira (15/9).
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A Polícia Civil pediu para que a Justiça decretasse a prisão temporária de outros cinco suspeitos. Uma mulher e um homem já foram presos. Outros três homens estão foragidos e são procurados.
Além desses cinco suspeitos, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também trabalha na investigação para saber se Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como "Azul" ou "Colorido", está envolvido no caso.
Segundo a polícia, Fernando é apontado como um dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista.
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O ex-delegado-geral foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, uma das principais lideranças do PCC. A defesa dele negou envolvimento com o crime.
Os suspeitos foram identificados após a Polícia Técnico-Científica conseguir coletar material para identificação dos envolvidos. Isso depois de os criminosos não conseguirem atear fogo em um segundo veículo utilizado no crime.
A informação da identificação foi confirmada pelo secretário da SSP, Guilherme Derrite, durante coletiva de imprensa no velório do ex-delegado-geral.
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Desde o assassinato, uma força-tarefa entre as polícias do Estado investiga o caso. Estão envolvidos na operação agentes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Deinter-6, responsável pela Baixada Santista.
A Polícia Militar também atua com reforço do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Santos e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
Segundo a SSP-SP, há duas linhas principais de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, com atuação direta contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).
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A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido em alta velocidade por outro veículo. Outras câmeras flagraram os primeiros tiros que atingiram Ruy.
Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa PCC, sendo considerado um dos principais inimigos da organização.
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De acordo com Derrite, não há dúvidas do envolvimento do PCC na morte de Ruy.
Segundo ele, a investigação também considera a possibilidade de participação de outros membros do PCC que atuam na Baixada Santista. No entanto, ainda há uma investigação sobre o que motivou o crime.
Os suspeitos Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano e identificado como integrante do PCC, já preso por tráfico de drogas e roubo, e Flávio Henrique Ferreira de Souza estão foragidos.
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“Para nós não resta dúvida. A dúvida é se a execução foi motivada pelo combate ao crime organizado durante a carreira do delegado ou por sua atuação recente como secretário em Praia Grande. Agora, que houve participação do PCC, não resta dúvida, principalmente pela presença do Mascherano, indivíduo de relevância dentro da facção”, declarou.
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