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Polícia desvenda mistério de jovem morta após comer bolo de pote

Ana Luíza de Oliveira Neves morreu no domingo, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo

Hebert Dabanovich

03/06/2025 às 13:05  atualizado em 03/06/2025 às 16:25

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Bolo de pote chegou com bilhete como se fosse de um admirador secreto

Bolo de pote chegou com bilhete como se fosse de um admirador secreto | Reprodução/Redes Sociais

Uma adolescente de 17 anos foi apreendida pela Polícia Civil nesta terça-feira (3/6) após confessar ter envenenado o bolo de pote enviado à “amiga” da mesma idade no sábado (31/5), em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

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A jovem Ana Luíza de Oliveira Neves morreu no dia seguinte (1º/6), após comer o bolo. A adolescente confessou o crime e informou à polícia que colocou arsênico no doce por ciúmes.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), a jovem teve o pedido de prisão expedido após ter prestado depoimento.

A vítima recebeu o doce em casa, no bairro Parque Paraíso, no último sábado (31/5), entregue por um motoboy. O bolo de pote chegou com o bilhete de um admirador secreto, como se fosse um “presente”. 

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"Um mimo pra garota mais linda que eu ja vi", diz o bilhete.

Pouco menos de uma hora após consumir o bolo, a jovem começou a passar mal. Ana Luíza chegou a trocar mensagens com um amigo, que questionou o fato de a jovem ter comido um alimento sem saber a procedência.

O diagnóstico médico inicial da adolescente foi de intoxicação alimentar. Ela foi medicada e teve alta, mas por volta das 16h de domingo (1°/6) voltou a passar mal.

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Silvio Ferreira Alves, o pai da jovem, a levou novamente para um hospital da região. Segundo a equipe médica, ela chegou ao local sem vida.

Em entrevista coletiva, o pai disse que a filha era inocente, não tinha maldade e, por isso, teria comido o doce. “Perdi metade de mim”, lamentou.

O que diz a loja

A loja que vendeu o bolo se pronunciou por meio das redes sociais e disse que não foi responsável pela entrega e envenenamento da menina.

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O estabelecimento esclareceu que o bolo foi comprado e levado para outro lugar, assim como a entrega foi feita por um motoboy que não presta serviços para a loja.

A Polícia Civil descobriu que no dia 15 de maio outra menina, amiga de Ana Luíza, também passou mal após comer um bolo de pote entregue por um motoboy. Ela foi levada ao hospital e passa bem.

Confissão

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar o motoboy responsável pelas entregas. Ele indicou o local onde retirou os pacotes e os policiais localizaram a adolescente suspeita, levada à Delegacia de Itapecerica da Serra acompanhada da mãe.

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Na unidade policial, a adolescente admitiu ter preparado os bolos entregues às vítimas. Segundo o relato, os produtos foram comprados em uma doceria, com cobertura de brigadeiro feita por ela mesma, na qual adicionou o arsênio.

A jovem também disse que escreveu os bilhetes entregues com os bolos e que a intenção era causar medo nas vítimas, motivada por ciúmes. O composto químico teria sido adquirido pela internet.

Após a confissão, o delegado representou pela apreensão da adolescente por ato infracional análogo à tentativa de homicídio e homicídio qualificado pelo uso de veneno.

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A jovem deve ser apresentada ainda nesta terça-feira (3/6) ao juiz da Vara da Infância e Juventude, que analisará a medida de apreensão e possíveis ações socioeducativas.

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