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Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) | Reprodução
A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta segunda-feira (29/9) uma operação que cumpriu nove mandados de busca e apreensão com o objetivo de esclarecer a morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.
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Ruy, de 63 anos, foi executado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, durante uma emboscada na segunda-feira (15/9).
A operação teve como um dos alvos Sandro Rogério Pardini, subsecretário de Gestão de Tecnologia da Prefeitura de Praia Grande. Ele negou qualquer envolvimento na morte do ex-delegado. A vítima também trabalhava na gestão municipal.
As buscas foram realizadas em endereços no litoral paulista, incluindo Santos, Praia Grande e São Vicente.
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Segundo o jornal O Globo, as autoridades encontraram cerca de R$ 100 mil em dinheiro na casa de Pardini, incluindo R$ 50 mil em espécie, US$ 10 mil (equivalente a R$ 53,2 mil na cotação atual) e € 1.100 (cerca de R$ 6,8 mil na cotação atual.
Também foram apreendidos celulares, computadores, documentos e anotações que indicariam relações entre valores e nomes.
Pardini prestou depoimento na condição de testemunha na tarde desta segunda e forneceu as senhas necessárias para a continuidade das investigações.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a apreensão dos objetos eletrônicos e demais itens de interesse foi confirmada. No entanto, não foram divulgados mais detalhes para não comprometer o andamento do inquérito.Já a defesa do subsecretário afirmou ao Globo que os elementos colhidos ainda estão em fase de análise e que Pardini nega veementemente qualquer participação, direta ou indireta, nos fatos que estão sendo apurados.
“Sandro está à disposição das autoridades para colaborar, naquilo que estiver ao seu alcance, no efetivo esclarecimento deste trágico ocorrido. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e ao cuidado com a sua família. Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro”, diz a nota assinada pelos advogados Octávio Rolim, Patrícia Britto e Beatriz Mâncio.
Pardini também ocupou outros cargos na Prefeitura de Praia Grande, como nas secretarias de Administração e de Planejamento, além de ter sido diretor do Departamento de Integração da Informação do município.
A Prefeitura de Praia Grande afirmou que manteve contato direto com a Polícia Civil e colabora integralmente com as investigações, fornecendo imagens, informações e os materiais solicitados.
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Foi informado também que Pardini continua coordenando interinamente a pasta e que não há, até o momento, nenhuma medida administrativa em curso relacionada ao caso.
“A Administração Municipal não recebeu qualquer comunicação oficial sobre buscas e apreensões relacionadas à operação mencionada, mas reforça que permanece à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários.”
A operação foi conduzida por equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, com apoio de policiais locais, para coletar evidências sobre possíveis irregularidades em contratos com a prefeitura, onde Ruy Ferraz, vítima do homicídio, atuava como secretário de Administração.
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O ex-delegado-geral Ruy Fontes foi morto após sair do trabalho na prefeitura de Praia Grande. Ele foi seguido por um grupo de homens enquanto dirigia, perdeu o controle do carro, colidiu com um ônibus e capotou. Em seguida, ocupantes de outro veículo se aproximaram e dispararam contra o automóvel.
A ação aconteceu por volta das 18h20, na Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, na Vila Caiçara, de acordo com a Polícia Militar. Imagens de câmeras de segurança mostram a participação de ao menos seis pessoas.
Com mais de quatro décadas na Polícia Civil, Fontes iniciou a trajetória como titular da Delegacia de Taguaí e passou por setores como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde conduziu apurações sobre o crime organizado e entrou em conflito com Marcola, apontado como chefe do PCC.
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Ele esteve à frente da Polícia Civil entre 2019 e 2022, nomeado pelo então governador João Doria. Depois, assumiu a Secretaria de Administração da prefeitura de Praia Grande. Desde que deixou o comando da corporação, não contava mais com escolta.
Em entrevista concedida ao jornal O Globo e à rádio CBN, três semanas antes do crime, havia relatado essa situação.
Os sete suspeitos apontados até o momento são:
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