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Operação ocorre na zona oeste da capital paulista e no interior do Estado | Reprodução
A Polícia Civil de São Paulo faz nova operação de combate ao crime organizado e à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na manhã desta sexta-feira (16/9).
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O principal objetivo é prender os suspeitos pelo assassinato do ex-delegado-geral da Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. A operação ocorre na zona oeste da capital e no interior do Estado.
Ruy foi morto a tiros em uma emboscada no último dia 15 de setembro, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele tinha 64 anos.
A polícia ainda trabalha com duas linhas principais de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, atuando diretamente contra lideranças do PCC.
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A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
De qualquer forma, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou haver o envolvimento do PCC na morte do ex-delegado-geral.
Até o momento, oito suspeitos de participação no crime já foram identificados. Nesta quinta-feira (25/9), a polícia identificou o oitavo suspeito: Umberto Alberto Gomes, de 38 anos.
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Foram encontradas impressões digitais dele em uma segunda casa usada pelos criminosos em Mongaguá. A Justiça de São Paulo já havia decretado sua prisão temporária, e ele está foragido.
Até o momento, quatro pessoas foram presas, e quatro investigados continuam sendo procurados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os laudos periciais ainda estão em elaboração.
Felipe Avelino da Silva (foragido), conhecido no PCC como Mascherano, teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime;
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Flávio Henrique Ferreira de Souza (foragido), de 24 anos, também teve o DNA encontrado em um dos veículos;
Luis Antonio Rodrigues de Miranda (foragido) é procurado por suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no crime;
Willian Silva Marques (preso), dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil possivelmente usado no crime, se entregou à polícia no domingo (21/9);
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Dahesly Oliveira Pires (presa) foi detida na quinta (18/9) por suspeita de ser a mulher que buscou o fuzil na Baixada Santista;
Luiz Henrique Santos Batista (preso), conhecido como Fofão, está envolvido, segundo a polícia, na logística da morte do ex-delegado. Ele teria dado carona para que um dos criminosos fugisse da cena do crime e foi preso nesta sexta (19/9);
Rafael Marcell Dias Simões (preso), conhecido como Jaguar, foi preso neste sábado (20/9) após se entregar à polícia em São Vicente, no litoral;
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Umberto Alberto Gomes (foragido), de 38 anos, teve impressões digitais encontradas em uma segunda casa usada pelos criminosos em Mongaguá.
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também investiga se Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul” ou “Colorido”, tem participação no caso.
Segundo os policiais, ele é indicado como um dos chefes do PCC na Baixada Santista.
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Desde o assassinato, uma força-tarefa formada por polícias do Estado investiga o caso. Estão envolvidos na operação agentes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Departamento Integrado de Polícia do Interior 6 (Deinter-6), responsável pela Baixada Santista.
A Polícia Militar também atua com reforço do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Santos e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido em alta velocidade por outro veículo. Outras câmeras flagraram os primeiros tiros que atingiram Ruy.
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Ruy ganhou notoriedade por enfrentar o PCC, sendo considerado um dos principais inimigos da facção criminosa. De acordo com Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, não há dúvidas sobre o envolvimento do PCC na morte de Ruy.
De acordo com ele, a investigação também considera a possibilidade de participação de outros membros do PCC que atuam na Baixada Santista. No entanto, ainda há incerteza sobre a motivação do crime.
Os suspeitos Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano e já preso por tráfico de drogas e roubo, e Flávio Henrique Ferreira de Souza estão foragidos.
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“Para nós não resta dúvida. A dúvida é se a execução foi motivada pelo combate ao crime organizado durante a carreira do delegado ou por sua atuação recente como secretário em Praia Grande. Agora, que houve participação do PCC, não resta dúvida, principalmente pela presença do Mascherano, indivíduo de relevância dentro da facção”, declarou.
Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com pós-graduação em Direito Civil, Ruy Ferraz Fontes também possuía especialização em Administração Pública.
Ele tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil paulista, da qual estava licenciado no momento do assassinato, e era considerado inimigo do PCC.
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Participou de cursos internacionais, como treinamento antidrogas e antiterrorismo na França e aperfeiçoamento em repressão ao narcotráfico no Canadá.
Ao longo da carreira, ocupou cargos de destaque, como delegado-geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e DHPP.
Fontes esteve à frente da Polícia Civil durante o ataque cometido por adolescentes a uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que matou oito pessoas, além dos dois atiradores, que também morreram.
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