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Suspeito prestará depoimento nesta manhã (17/9) | Reprodução/SBT
A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta quarta-feira (17/9) um dos suspeitos de participar da morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes.
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O suspeito foi levado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestará depoimento.
A identidade dele ainda não foi divulgada. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), as forças de segurança continuam mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime.
A polícia cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital paulista e da Grande SP. Dois envolvidos já foram identificados, e a mãe de um deles prestou depoimento.
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A SSP-SP informou que detalhes sobre as ações policiais serão preservados para não comprometer as investigações.
A Justiça de São Paulo determinou a prisão de dois suspeitos de executar o ex-delegado-geral no fim da tarde de terça (16/9), após a Polícia Civil identificá-los e os agentes fazem buscas para prendê-los. Um deles tem muitos antecedentes criminais de roubo, enquanto o outro não.
Os suspeitos foram identificados após a Polícia Técnico-Científica conseguir coletar material para identificação dos envolvidos. Isso depois de os criminosos não conseguirem atear fogo em um segundo veículo utilizado no crime.
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A informação da identificação foi confirmada pelo secretário da SSP, Guilherme Derrite, durante coletiva de imprensa no velório do ex-delegado-geral.
Desde o assassinato, uma força-tarefa entre as polícias do Estado investigam o caso. Estão envolvidos na operação agentes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Deinter-6, responsável pela Baixada Santista.
A Polícia Militar também atua com reforço do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Santos e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
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Segundo a SSP-SP, há duas linhas principais de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, com atuação direta contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido em alta velocidade por outro veículo. Outras câmeras flagraram os primeiros tiros que atingiram Ruy.
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Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com pós-graduação em Direito Civil, Ruy Ferraz Fontes também tinha especialização em Administração Pública.
Ele tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil paulista, da qual estava licenciado, e era considerado inimigo do PCC.
Participou de cursos internacionais, como treinamento antidrogas e antiterrorismo na França e aperfeiçoamento em repressão ao narcotráfico no Canadá.
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Ao longo da carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e DHPP.
Fontes esteve à frente da Policia Civil no ataque de adolescentes a uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que matou oito pessoas, além dos dois atiradores, que também morreram.
*Texto em atualização
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