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Polícia usa IMEI e devolve celulares roubados a vítimas

Cruzamento de dados com operadoras permite identificar usuários de celulares roubados em São Paulo

Thacio Mello

04/08/2025 às 18:30

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Ações da Polícia Civil resultam em devolução de cerca de 40 mil celulares em São Paulo

Ações da Polícia Civil resultam em devolução de cerca de 40 mil celulares em São Paulo | Reprodução/Agência SP

Os roubos de celulares caíram 15% no estado de São Paulo no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, com 52,1 mil casos registrados, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).

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Na capital paulista e na Região Metropolitana, a redução foi de 13,6%, totalizando 43,7 mil ocorrências. Entre janeiro e junho deste ano, foram 43,7 mil crimes denunciados. No mesmo período de 2024, houve 50,6 mil roubos.

A queda é atribuída as ações da Polícia Civil contra o comércio ilegal e ao programa SP Mobile, que usa o número de identificação dos aparelhos (IMEI) para rastrear e recuperar celulares roubados.

A queda resulta de um conjunto de iniciativas da SSP para impedir esse tipo de crime. Entre as iniciativas, a Polícia Civil intensificou a repressão ao comércio ilegal, combatendo os receptadores, que são peça fundamental na cadeia criminosa.

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O Programa SP Mobile, implementado em todo o estado, faz uma análise de todos os registros criminais, desenvolvendo estratégias para combater os delitos e recuperar aparelhos celulares.

“É uma equipe multidisciplinar que tem estudado, feito testes e realizado ações não só para combater, mas também para conseguir devolver esses aparelhos às vítimas”, disse o delegado Rodolfo Latif, coordenador do programa.

A partir do número de identificação dos aparelhos (IMEI), o sistema cruza dados dos boletins de ocorrência com informações fornecidas pelas operadoras, permitindo rastrear e identificar celulares reativados após o roubo.

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Entenda o passo a passo para a recuperação:

  • A partir do número do IMEI, espécie de identidade dos celulares, a polícia consulta bancos de dados para rastrear aparelhos furtados ou roubados.
  • Em articulação com operadoras de telefonia, os agentes verificam se houve ativação de nova linha no aparelho após o crime, identificando assim o novo usuário.
  • A Polícia Civil entra em contato com essa pessoa via WhatsApp, enviando uma imagem com o pedido para comparecer a uma delegacia. Não são enviados links.
  • Na delegacia, o usuário é informado sobre a origem criminosa do aparelho. É orientado a devolvê-lo e a procurar o Procon. Ele também é incluído como testemunha, contribuindo com dados sobre a compra e o vendedor.
  • Em seguida, a vítima é chamada para ir à delegacia e recuperar o celular.

Ainda segundo o delegado, as investigações são aprofundadas contra quem não comparece ou se recusa a colaborar com as recuperações, por meio de ações de monitoramento e diligências presenciais e online.

“Essa foi a forma mais eficaz que encontramos de dar respostas à sociedade. Sabemos que esse crime tem aumentado demais a sensação de insegurança e impunidade, mas temos feito ações e estudado ideias para melhorar isso”, completou o delegado.

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Na capital paulista, desde o início da gestão, as ações policiais resultaram na devolução às vítimas de cerca de 40 mil celulares roubados ou furtados.

Registro de roubos em 2024

Segundo os dados do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cidade de São Paulo, registrou sozinha 18,5% dos roubos e furtos de celulares em 2024. Além disso, o Estado contabilizou 31,4% desse tipo de ocorrência. O estudo foi publicado na quinta-feira (24/7).

Segundo o levantamento, em 2024, 169.556 aparelhos foram subtraídos na Capital. Isso equivale a 19 celulares roubados por hora. Este número coloca a capital paulista em terceiro lugar no ranking de roubos e furtos de aparelhos celulares.

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