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Alexandre Constantino Furtado, conhecido como Teta, é presidente da escola de samba Império de Casa Verde | Reprodução/Instagram
Alexandre Constantino Furtado, conhecido como Teta, presidente da escola de samba Império de Casa Verde e vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, foi o principal alvo de uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SP) deflagrada nesta terça-feira (23/9).
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Ele é investigado por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
A ação, coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-SP), cumpre 22 mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Não é a primeira vez que Furtado aparece em apurações envolvendo a facção criminosa. Em 2006, quando ainda era diretor da escola, ele foi preso sob a suspeita de receber recursos do PCC para financiar desfiles.
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Na ocasião, a polícia acusou dirigentes da agremiação de manter relações com membros da facção e movimentar valores que chegavam a R$ 500 mil mensais.
O vice-presidente da Liga assumiu a presidência da Império em 2012, após um curto mandato de Júnior Marques, e desde então consolidou sua liderança dentro da agremiação. Neste ano, ele também foi eleito vice-presidente da Liga-SP, entidade responsável pela organização do carnaval paulistano no biênio 2025-2027.
A operação desta terça-feira é resultado de uma investigação iniciada em fevereiro de 2021, após a apreensão de 458 kg de cocaína no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará. A droga estava escondida em uma carga de quartzo e teria como destino o Porto de Rotterdam, na Holanda.
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Segundo a PF, foi descoberta toda a estrutura logística utilizada para o envio da droga à Europa, além dos mecanismos de lavagem de dinheiro, que incluíam empresas de fachada e investimentos em setores como restaurantes e serviços.
O sequestro de bens, direitos e valores de até R$ 291,5 milhões também foi autorizado pela Justiça.
Em nota, a Império de Casa Verde afirmou que o corpo jurídico da escola acompanha o caso, mas que não há “elementos concretos” para declarações adicionais.
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A agremiação disse ainda reafirmar seu compromisso com a legalidade e garantiu que manterá transparência junto ao público quando houver informações confirmadas.
Até o momento, a defesa de Alexandre Constantino Furtado não foi localizada.
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