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Jaguar foi preso após se entregar à polícia de São Vicente, no litora de São Paulo | Divulgação/Polícia Civil
Rafael Dias Simões, de 43 anos, mais conhecido como Jaguar, se entregou à polícia de São Vicente, no litoral de São Paulo, na madrugada deste sábado (20/9).
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A Justiça decretou a prisão temporária dele, na noite desta sexta-feira (19/9), por ser suspeito de participar do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes.
Segundo o boletim de ocorrência, Jaguar se entregou no Distrito Policial (DP) Sede de São Vicente acompanhado de um advogado.
Ele deve sair da delegacia na manhã deste sábado para ir ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos, cidade vizinha e, na sequência, passará por audiência de custódia na delegacia, segundo apurou a repórter da TV Tribuna, Vanessa Medeiros.
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Até o momento, esta é a terceira prisão relacionada ao caso. Além de Rafael, Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, e Dahesly Oliveira Pires também foram presos.
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, durante uma emboscada. O crime aconteceu na última segunda-feira (15/9).
As fotos e os nomes das outras cinco pessoas suspeitas de participarem da execução também já foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).
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Outros três homens são investigados e foram identificados. Ele ainda estão foragidos, são eles: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
Desde o assassinato, uma força-tarefa entre as polícias do Estado investiga o caso. Estão envolvidos na operação agentes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Deinter-6, responsável pela Baixada Santista.
A Polícia Militar também atua com reforço do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Santos e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
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Segundo a SSP-SP, há duas linhas principais de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, com atuação direta contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido em alta velocidade por outro veículo. Outras câmeras flagraram os primeiros tiros que atingiram Ruy.
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Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo considerado um dos principais inimigos da organização. De acordo com Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo, não há dúvidas do envolvimento do PCC na morte de Ruy.
Segundo ele, a investigação também considera a possibilidade de participação de outros membros do PCC que atuam na Baixada Santista. No entanto, ainda há uma investigação sobre o que motivou o crime.
Os suspeitos Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano e identificado como integrante do PCC, já preso por tráfico de drogas e roubo, e Flávio Henrique Ferreira de Souza estão foragidos.
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“Para nós não resta dúvida. A dúvida é se a execução foi motivada pelo combate ao crime organizado durante a carreira do delegado ou por sua atuação recente como secretário em Praia Grande. Agora, que houve participação do PCC, não resta dúvida, principalmente pela presença do Mascherano, indivíduo de relevância dentro da facção”, declarou.
Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com pós-graduação em Direito Civil, Ruy Ferraz Fontes também tinha especialização em Administração Pública.
Ele tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil paulista, da qual estava licenciado, e era considerado inimigo do PCC.
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Participou de cursos internacionais, como treinamento antidrogas e antiterrorismo na França e aperfeiçoamento em repressão ao narcotráfico no Canadá.
Ao longo da carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e DHPP.
Fontes esteve à frente da Policia Civil no ataque de adolescentes a uma escola em Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que matou oito pessoas, além dos dois atiradores, que também morreram.
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