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SP bloqueia R$ 6 bilhões e desmonta 'banco do crime' ligado ao PCC

Operação Falso Mercúrio, deflagrada nesta quinta-feira (4/12), mirou o sistema financeiro que sustentava o grupo criminoso

Monise Souza

04/12/2025 às 17:10

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Ao todo, 57 contas bancárias, sendo 20 de pessoas físicas e 37 de pessoas jurídicas, tiveram bloqueios

Ao todo, 57 contas bancárias, sendo 20 de pessoas físicas e 37 de pessoas jurídicas, tiveram bloqueios | Divulgação/Governo de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo bloqueou judicialmente R$ 6 bilhões pertencentes a uma rede de lavagem de dinheiro ligada ao crime organizado. Segundo o Governo, esta é a maior investigação patrimonial e financeira já conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

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A Operação Falso Mercúrio, deflagrada nesta quinta-feira (4/12), mirou o sistema financeiro que sustentava o grupo criminoso.

Além dos bloqueios, foram apreendidos mais de 250 veículos de luxo, que se tornarão equipamentos da polícia, armas e dinheiro em espécie, em dólares e euros. 

Esta é a segunda fase da Operação Falso Mercúrio. Na primeira, realizada em julho, foram cumpridos 21 mandados contra os mesmos suspeitos, que continuam foragidos. Todos os bens apreendidos foram encaminhados à 3ª DIG.

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Segundo o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, a ação representa “uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais”. Ele afirmou que os investigados “viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita”.

Após o cumprimento dos 54 mandados judiciais na Capital e na Grande São Paulo, as autoridades afirmam que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com bloqueio de centenas de bens usados para movimentar recursos ilícitos.

Contas bloqueadas

Ao todo, 57 contas bancárias, sendo 20 de pessoas físicas e 37 de pessoas jurídicas, tiveram bloqueios que podem chegar a até R$ 98 milhões cada.

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A Justiça também determinou restrições sobre 257 veículos avaliados em cerca de R$ 42 milhões e o sequestro de 49 imóveis, estimados em R$ 170 milhões. Seis suspeitos seguem foragidos.

As investigações apontam que o grupo, ligado diretamente ao Primeiro Comando da Capital (PCC), operava 49 empresas de diferentes setores, como padarias, adegas, concessionárias e fintechs, utilizadas para ocultar a origem ilícita de valores provenientes de tráfico de drogas, estelionatos e jogos de azar.

“O dinheiro sujo passava por essas empresas para dar aparência de legalidade às operações”, explicou o delegado-geral de Polícia, Artur Dian.

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Policiais da 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) descobriram ainda que um dos beneficiários do esquema é um foragido suspeito de envolvimento no assassinato de Antonio Gritzbach, ocorrido em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A ofensiva cumpre 48 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.

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