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Investigação, conduzida pela Seccional de Presidente Prudente, começou em julho | Divulgação/SSP
O Ministério Público (MP-SP) e a Polícia Civil de São Paulo fizeram na manhã desta sexta-feira (24/10) uma operação para cumprir 25 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de planejar o assassinato do promotor de Justiça Lincoln Gakiya e do coordenador de presídios Roberto Medina, responsável pelas unidades prisionais da região oeste do Estado.
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A operação “Recon” foi conduzida pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior de São Paulo - 8 (Deinter-8), sediado em Presidente Prudente, com o apoio do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Polícia Penal.
A Justiça determinou ainda a quebra dos sigilos telefônico e telemático dos investigados, para apurar o envolvimento de outras pessoas no esquema. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), a ordem para atacar Gakiya e Medina teria partido da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os mandados estão distribuídos nas cidades paulistas: 11 em Presidente Prudente, 6 em Álvares Machado, 2 em Martinópolis, 2 em Pirapozinho, 2 em Presidente Venceslau, 1 em Presidente Bernardes e 1 em Santo Anastácio.
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Segundo a Polícia Civil, até o momento não há ligação entre esse plano e o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Os suspeitos, porém, começaram a seguir Medina e Gakiya em julho, período em que os autores do crime contra o ex-delegado também iniciaram a perseguição a ele em Praia Grande.
A investigação, conduzida pela Seccional de Presidente Prudente, começou em julho, após a prisão em flagrante de um homem por tráfico de drogas.
Durante a análise do celular apreendido com o suspeito, Vitor Hugo da Silva, conhecido como VH, policiais encontram indícios da participação dele em um plano para matar o coordenador de presídios Roberto Medina. Foram encontrados registros detalhados da rotina de Medina, incluindo fotos e vídeos do trajeto diário entre sua casa e o trabalho.
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Em áudios, os suspeitos demonstram preocupação com a possibilidade de serem filmados perto da residência de Medina. Segundo a polícia, as conversas de VH e sua ligação com o PCC indicam que a ordem para os ataques partiu da facção.
A partir da prisão de VH, os investigadores chegam a outro suspeito, Wellison Rodrigo Bispo de Almeida, o Corinthinha, também ligado ao PCC, que foi preso durante as investigações.
Embora morasse em Martinópolis, ele havia alugado uma chácara em Presidente Bernardes, a 53 quilômetros de distância, alegando estar fugindo de um policial que o teria ameaçado. A polícia afirma que ele estava no local a mando do PCC para monitorar Roberto Medina.
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O terceiro suspeito identificado é Sérgio Garcia da Silva, o Messi, preso em 26 de setembro por tráfico de drogas. Em um celular encontrado debaixo de um travesseiro, havia mensagens indicando envolvimento no plano contra Medina e o promotor Gakiya, incluindo registros do trajeto do promotor de casa ao trabalho.
As investigações mostram que os suspeitos haviam alugado uma casa a menos de um quilômetro do condomínio onde Gakiya mora.
Imagens aéreas revelam que várias pessoas se reuniam nesse endereço, que também funcionava como ponto de distribuição de drogas.
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A polícia acredita que o plano era atacar o promotor no trajeto que costuma fazer até o trabalho em Presidente Prudente.
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