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Roubo de veículos caiu 16,44% no bairro do Tatuapé | Reprodução YouTube | Drone na Trilha
O bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, registrou aumento de 34% nos casos de roubo no primeiro semestre de 2025, enquanto a média da capital paulista teve queda de 14,1% no mesmo período. O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a polícia, criminosos que atuavam no centro da cidade migraram para o Tatuapé, área nobre da zona leste que concentra um dos metros quadrados mais caros da região.
Criminosos roubaram canetas de emagrecimento, veículos e principalmente celulares. Especialistas em segurança mostram como deixar as informações seguras e evitar golpes bancários após a perda do aparelho.
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Mais de 700 roubos foram registrados entre janeiro e junho de 2025, 34,5% a mais que no mesmo período do ano anterior. Os furtos também cresceram: foram 1,9 mil casos, alta de 29,9% em relação a 2024. Celulares e carros continuam entre os principais alvos dos criminosos, mas outros produtos de alto valor também passaram a ser visados.
O roubo de canetas injetáveis de emagrecimento, como Ozempic e Mounjaro, ganhou destaque nos boletins de ocorrência. Foram 22 casos registrados no semestre, segundo a Polícia Militar.
A valorização desses medicamentos no mercado ilegal chama a atenção: o preço da Ozempic pode variar entre R$ 994,03 e R$ 1.308,32, dependendo da alíquota do ICMS de cada estado. Já o Mounjaro pode custar entre R$ 970,07 e R$ 3.836,61.
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De qualquer forma, um dos produtos mais roubados é o smartphone. Em 2024, somente a cidade de São Paulo registrou 18,5% de todos os roubos e furtos de celulares do Brasil. Os dados são do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Após o furto, “os ladrões costumam desligar o Wi-Fi para não ter nenhum rastreamento remoto. Depois, fazem a remoção do chip e restauram para configuração de fábrica”, explica Fernando Karl, diretor de operações em cibersegurança da Service IT.
Alguns colocam no modo avião. Caso não seja possível, os ladrões embrulham o aparelho em um papel alumínio para bloquear o sinal de GPS, internet e Bluetooth antes de tirar o chip ou desmontar o aparelho.
Segundo Rodrigo Fragola, especialista em crimes cibernéticos, todo celular possui um IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), código usado para identificar o aparelho na rede. Esse número é fundamental para bloquear o dispositivo em caso de roubo.
Se o IMEI não for informado à operadora como roubado, o aparelho continua habilitado para uso. Nesse caso, criminosos podem restaurar o celular para as configurações de fábrica, um procedimento simples, e revendê-lo como usado ou seminovo.
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O maior obstáculo, porém, é o bloqueio de ativação ligado à conta do Google (Android) ou iCloud (Apple), que exige o login da última conta utilizada. Para contornar isso, os criminosos podem recorrer a:
Por isso, o primeiro passo é ligar para a operadora e fazer o bloqueio do chip e do IMEI. Também é importante deixar o seu smartphone sempre atualizado, pois fabricantes atualizam o software para contornar falhas de segurança — modelos mais antigos são vulneráveis.
Karl recomenda usar a biometria ao máximo e colocar bloqueio nos aplicativos sensíveis, como bancos e carteira virtual. Além disso, criar um e-mail e não o colocar no aparelho é uma ótima estratégia.
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“Se você puder configurar um e-mail de registro que não esteja no celular roubado, os dados não ficarão sincronizados para o criminoso acessar. A pessoa poderá recuperar as informações em outro dispositivo”, completa.
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