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Polícia

Tatuapé teve 34% mais roubos no primeiro semestre de 2025

Ladrões de celulares migraram para a zona leste, diz polícia; veja como proteger dados e evitar prejuízos

Leonardo Siqueira

06/08/2025 às 16:48  atualizado em 06/08/2025 às 16:49

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Roubo de veículos caiu 16,44% no bairro do Tatuapé

Roubo de veículos caiu 16,44% no bairro do Tatuapé | Reprodução YouTube | Drone na Trilha

O bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, registrou aumento de 34% nos casos de roubo no primeiro semestre de 2025, enquanto a média da capital paulista teve queda de 14,1% no mesmo período. O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a polícia, criminosos que atuavam no centro da cidade migraram para o Tatuapé, área nobre da zona leste que concentra um dos metros quadrados mais caros da região.

Criminosos roubaram canetas de emagrecimento, veículos e principalmente celulares. Especialistas em segurança mostram como deixar as informações seguras e evitar golpes bancários após a perda do aparelho. 

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Remédios de emagrecimento 

Mais de 700 roubos foram registrados entre janeiro e junho de 2025, 34,5% a mais que no mesmo período do ano anterior. Os furtos também cresceram: foram 1,9 mil casos, alta de 29,9% em relação a 2024. Celulares e carros continuam entre os principais alvos dos criminosos, mas outros produtos de alto valor também passaram a ser visados.

O roubo de canetas injetáveis de emagrecimento, como Ozempic e Mounjaro, ganhou destaque nos boletins de ocorrência. Foram 22 casos registrados no semestre, segundo a Polícia Militar.

A valorização desses medicamentos no mercado ilegal chama a atenção: o preço da Ozempic pode variar entre R$ 994,03 e R$ 1.308,32, dependendo da alíquota do ICMS de cada estado. Já o Mounjaro pode custar entre R$ 970,07 e R$ 3.836,61.

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Celulares 

De qualquer forma, um dos produtos mais roubados é o smartphone. Em 2024, somente a cidade de São Paulo registrou 18,5% de todos os roubos e furtos de celulares do Brasil. Os dados são do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 

Após o furto, “os ladrões costumam desligar o Wi-Fi para não ter nenhum rastreamento remoto. Depois, fazem a remoção do chip e restauram para configuração de fábrica”, explica Fernando Karl, diretor de operações em cibersegurança da Service IT.

Alguns colocam no modo avião. Caso não seja possível, os ladrões embrulham o aparelho em um papel alumínio para bloquear o sinal de GPS, internet e Bluetooth antes de tirar o chip ou desmontar o aparelho. 

Segundo Rodrigo Fragola, especialista em crimes cibernéticos, todo celular possui um IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), código usado para identificar o aparelho na rede. Esse número é fundamental para bloquear o dispositivo em caso de roubo.

Se o IMEI não for informado à operadora como roubado, o aparelho continua habilitado para uso. Nesse caso, criminosos podem restaurar o celular para as configurações de fábrica, um procedimento simples, e revendê-lo como usado ou seminovo. 

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Como proteger os seus dados 

O maior obstáculo, porém, é o bloqueio de ativação ligado à conta do Google (Android) ou iCloud (Apple), que exige o login da última conta utilizada. Para contornar isso, os criminosos podem recorrer a:

  • Engenharia social (enganar a vítima para obter dados);
     
  • Recorrer ao bloco de notas ou conversas do WhatsApp, onde pessoas costumam guardar informações pessoais;
     
  • Utilizar recuperação de senha por SMS ou WhatsApp;
     
  • Ou até coerção durante o roubo.

Por isso, o primeiro passo é ligar para a operadora e fazer o bloqueio do chip e do IMEI. Também é importante deixar o seu smartphone sempre atualizado, pois fabricantes atualizam o software para contornar falhas de segurança — modelos mais antigos são vulneráveis. 

Karl recomenda usar a biometria ao máximo e colocar bloqueio nos aplicativos sensíveis, como bancos e carteira virtual. Além disso, criar um e-mail e não o colocar no aparelho é uma ótima estratégia. 

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“Se você puder configurar um e-mail de registro que não esteja no celular roubado, os dados não ficarão sincronizados para o criminoso acessar. A pessoa poderá recuperar as informações em outro dispositivo”, completa. 
 

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