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Defesa manifestou 'profunda discordância e indignação' sobre o resultado | Valter Campanato/Agência Brasil
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) informou que pretende recorrer da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria pela condenação do ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão na trama golpista ocorrida nesta quinta-feira (11/9). Segundo a declaração dos advogados, a pena é “absurdamente excessiva e desproporcional”.
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Na nota, enviada ao portal g1, os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno afirmaram que receberam com “respeito” a decisão, porém manifestaram “profunda discordância e indignação” com o resultado.
O texto afirma ainda que Bolsonaro “jamais participou de qualquer plano e muito menos dos atos ocorridos em 8 de janeiro”.
De acordo com a equipe jurídica, Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito, e que ele deveria ter sido julgado em primeira instância ou pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma.
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Os advogados afirmaram ainda que não houve tempo suficiente para que as provas do processo fossem analisadas. “A falta de tempo hábil para analisar as provas impediu a defesa de apresentar sua defesa de forma definitiva”, informaram.
Entre os oito réus julgados, a pena de Bolsonaro foi a mais alta. Após analisar os termos do acórdão, a defesa ajuizará os recursos cabíveis, inclusive no âmbito internacional, segundo a nota.
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quinta-feira (11/9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus.
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O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação de todos os acusados por todos os crimes atribuídos, posição acompanhada por Flávio Dino.
Na véspera, durante o julgamento, Luiz Fux apresentou um voto de mais de 12 horas. Ele defendeu a absolvição de Bolsonaro, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno, Anderson Torres e Alexandre Ramagem. Para Mauro Campbell e Braga Netto, porém, o ministro pediu condenação.
Já nesta quinta, Cármen Lúcia também se posicionou pela condenação de todos os oito réus. O último voto foi de Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, que confirmou a condenação integral conforme as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Bolsonaro foi reconhecido como líder do grupo acusado de articular um golpe de Estado para manter-se no poder após a derrota nas eleições de 2022.
A condenação inclui os crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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