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Câmara na Rua: saúde e habitação pautam encontro na zona oeste de SP

Iniciativa aproxima o Legislativo paulistano da população, especialmente das comunidades periféricas

Matheus Herbert

30/06/2025 às 17:40

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Moradores da zona oeste pautaram saúde, habitação e zeladoria como as principais reivindicações durante o projeto 'Câmara na Rua'

Moradores da zona oeste pautaram saúde, habitação e zeladoria como as principais reivindicações durante o projeto 'Câmara na Rua' | Lucas Bassi/Rede Câmara SP

Os moradores da zona oeste de São Paulo pautaram saúde, habitação e zeladoria como as principais reivindicações durante o projeto “Câmara na Rua”, novo programa do Legislativo municipal. 

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O encontro foi realizado no último sábado (28/6), no Centro Educacional Unificado (CEU) Uirapuru, na região do Butantã. 

Os pedidos foram feitos durante a Tribuna Popular, espaço aberto para os munícipes fazerem perguntas, opinarem e fazerem solicitações de interesse local aos vereadores e outras autoridades presentes. A palavra foi dada a 60 inscritos.

O Câmara na Rua é uma iniciativa para aproximar o Legislativo paulistano da população, especialmente das comunidades periféricas, promovendo um diálogo aberto sobre as demandas locais. 

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Os encontros são realizados no último sábado de cada mês, sempre nos territórios. Neste primeiro semestre, CEUs das zonas leste, sul e norte já haviam sediado uma edição do projeto.

Além das falas, os presentes puderam se manifestar pelo hotsite do Câmara na Rua.

Manifestações no encontro 

Moradores do Jardim Arpoador, na zona oeste, agradeceram pelas melhorias já implementadas na comunidade, mas também apresentaram demandas.

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“Eu só gostaria de pedir uma atenção maior na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Borges, que é uma vergonha a gente chegar lá e nunca ter médico”, comentou Daniela Vieira.

A criação de uma UBS no Jardim São Domingos também foi pleiteada. “Nós moramos numa comunidade invisível aos olhos do Poder Público, porque a gente não tem o posto de saúde”, afirmou Renata Cândida, moradora local. “Um território que devia ter 25 UBSs tem 16. Um território que é a região com menor número de leitos secundários hospitalares”, apontou Lester Amaral Júnior.

Mais UBSs e equipamentos de saúde também foram solicitados pela população em outras áreas da zona oeste. “O nosso pedido é por um hospital no Butantã. Nós não temos um hospital público e isso é um negócio sério”, disse Antônio Nilton, do Fórum do Idoso.

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“Eu trabalho numa UBS que tem 10 equipes, acredito que seja provavelmente a maior UBS da cidade de São Paulo em estratégia de saúde da família. Do lado tem uma UBS que tem nove equipes. A gente foi projetado há 30 anos para atender cerca de 15 mil pessoas. Atendemos 35 mil pessoas. Então, a construção de uma outra UBS no território é uma necessidade, não é demanda”, afirmou Tauwã Azevedo, agente comunitário de saúde.

Já Mário Souza pediu maior atenção às pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) da região do Butantã. “Essa população está crescendo, um número enorme de crianças autistas, e não há um vínculo entre área de educação e saúde. É difícil diagnóstico, é difícil agendamento, é difícil a terapia, é difícil remédio, é difícil professor capacitado, é difícil vaga na escola”.

Rose Leal Miranda, mãe de uma criança surda, presidente do Instituto Irapuama e moradora do Butantã, chamou a atenção para a necessidade de equipamentos públicos destinados ao atendimento dessa parcela da população. “Hoje, minha solicitação está em uma escola para surdos aqui no Butantã”.

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Moradores da comunidade Nova Piemontese, às margens da Rodovia Raposo Tavares, também fizeram pedidos relacionados à habitação e regularização fundiária.  “Quero pedir que nos ajudem ali. A gente sabe que está para ter uma reintegração”, alertou Jaciene José dos Santos. “A comunidade Piemontese hoje é de 1.043 famílias, pelas quais lutamos por moradia”, acrescentou Cristiano de Farias.

Welton Oliveira, morador e líder social no Jardim Panorama – parte da Operação Urbana Consorciada Faria Lima -, também relatou problemas habitacionais. “A gente não sabe qual projeto, o que vai ser feito. A comunidade está aflita, está com medo”, acrescentando demandas relacionadas a saneamento básico.

A zeladoria também foi outro ponto trazido pelos participantes. “Nós estamos precisando de poda de árvores e limpar os logradouros aqui do nosso bairro”, solicitou Rogério de Souza.

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Posicionamento dos vereadores

Ao final das manifestações populares, o presidente da Câmara, vereador Ricardo Teixeira (UNIÃO), avaliou a 4ª edição do Câmara na Rua. “Isso aqui [demandas] vai ser oficializado para o Estado, para o município ou para os próprios vereadores. Vai ser dada uma resposta para a população. Aqui é uma sessão diferente, onde a gente ouve”.

Responsável pela condução da Tribuna Popular, o vereador Thammy Miranda (PSD) também opinou sobre os trabalhos. “O Câmara na Rua é para vocês, o Câmara na Rua é para a gente ouvir”, frisou. “É importante quando as pessoas se disponibilizam a estar aqui, presentes. As demandas de vão ser atendidas e ouvidas”, completou.

Também falaram da importância do Câmara na Rua e compareceram os vereadores Celso Giannazi (PSOL), Dheison Silva (PT), Janaina Paschoal (PP), João Ananias (PT), Keit Lima (PSOL), Luana Alves (PSOL), Luna Zarattini (PT), Sargento Nantes (PP) e Silvinho Leite (UNIÃO).

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Outras autoridades presentes foram: Gilberto Laranjeiras, subprefeito do Butantã; Flávia Aparecida da Silva Santos, subprefeita do M´ Boi Mirim; e o vereador Marqdeu Silvio França Filho (PL), de Monte Azul Paulista, conhecido como vereador Caçador Samurai.

Próximo encontro

A região da Penha, na zona leste de São Paulo, receberá a próxima edição do projeto Câmara na Rua no último sábado de agosto. O presidente do Legislativo paulistano, vereador Ricardo Teixeira (UNIÃO) fez o anúncio ao final da Tribuna Popular realizada no último sábado. 

“A próxima é na Penha, no final de agosto. Na sequência, em setembro, lá no Guarapiranga (zona sul) e em outubro, vai ser lá no CEU Jaçanã (zona norte). E em novembro, a gente deve estar lá no CEU Butantã (zona oeste)”, listou Teixeira.

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