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Cidade no interior de SP planeja 'Vale do Silício' militar para fortalecer tecnologia

Estrutura pretende oferecer laboratórios, centros para pesquisa, espaços dedicados a startups e áreas para testes

Hebert Dabanovich

13/08/2025 às 11:59

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Formalização do projeto e assinatura ocorreu nesta segunda-feira (11/8)

Formalização do projeto e assinatura ocorreu nesta segunda-feira (11/8) | Rogério Capela/Prefeitura de Campinas

A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, receberá um novo parque de tecnologia em uma área de 200 mil metros quadrados da Coudelaria do Exército, localizada entre Campinas e Valinhos.

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Inspirado na ideia de polos internacionais de inovação, o projeto em Campinas pretende criar um ecossistema integrado que concentre empresas, centros de pesquisa, startups e iniciativas governamentais voltadas ao desenvolvimento tecnológico, com ênfase nas áreas de defesa, segurança e vigilância.

A proposta é unir esforços do Exército, governo estadual, prefeitura e setor privado para formar um modelo colaborativo, com características semelhantes a centros reconhecidos mundialmente, como o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos.

O espaço terá foco principal em empresas voltadas à tecnologia para defesa, segurança e vigilância, mas também prevê a inclusão de negócios de outros setores. O projeto prevê laboratórios, centros de pesquisa, espaços dedicados a startups e áreas para testes.

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A iniciativa também contempla ações voltadas à captação de talentos, ao fomento da pesquisa e à integração entre os setores público, privado e acadêmico.

A intenção é intensificar as atividades de ciência e tecnologia e, por meio do parque, atrair empresas para a região.

Caminho para a implantação

A formalização do projeto avançou com a assinatura de um memorando de entendimento na segunda-feira (11/8). O documento estabelece um período de cinco anos para a realização de estudos técnicos, institucionais e jurídicos.

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O objetivo desses estudos é identificar interesses comuns entre os envolvidos e definir as formas de participação de cada parte na iniciativa, com base em suas atribuições e prioridades.

O general de Brigada Douglas Corbari Corrêa, do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), informou a criação de um núcleo para conduzir os estudos em conjunto com o governo do estado, a Prefeitura de Campinas e o Exército.

A coordenação será compartilhada entre os três entes. Mesmo na fase inicial, o projeto poderá incluir empresas de outros segmentos, além dos voltados à defesa e segurança. Um edital de chamamento será aberto para empresas interessadas.

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Durante o período de estudos, diversos pontos serão definidos:

  • Financiamento, infraestrutura, gestão ambiental e construção.
  • Captação de talentos e fomento à pesquisa.
  • Definição dos ambientes de inovação, marcos regulatórios e processos de certificação.
  • Estratégias para início das operações, consolidação do ecossistema e promoção da integração entre os setores público, privado e acadêmico.

O acordo também definirá quais secretarias municipais terão participação no projeto.

Assinantes e expectativas

A assinatura do documento ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, onde participaram o prefeito de Campinas, Dário Saadi; o general Achilles Furlan Neto, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro; e o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan.

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O uso de uma área já existente do Exército, com apoio do governo estadual, viabiliza a implantação do parque tecnológico.

O governador Tarcísio de Freitas afirmou que Campinas foi escolhida por sua estrutura e tradição nas áreas de educação, ciência e tecnologia, o que torna a cidade adequada para a iniciativa. Ele expressou confiança de que o projeto trará impactos significativos ao município.

O general Achilles Furlan Neto lembrou que a concepção de um polo tecnológico do Exército em Campinas é do final da década de 1970. A cidade, segundo ele, representa uma escolha natural, por seu papel como centro de inovação. A parceria com a prefeitura e o governo estadual possibilitou a concretização dessa meta.

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Há expectativa de que essa colaboração resulte em novos produtos e contribua para o fortalecimento da soberania brasileira em ciência e tecnologia.

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