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PF encontrou mensagens que mostram o deputado federal xingando o pai devido a uma entrevista em que ele foi chamado de imaturo | Edilson Rodrigues/Agência Senado
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (20/8) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suspeita de coação no curso do processo, devido a intimidações a autoridades responsáveis pela ação penal da tentativa de golpe de Estado.
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Durante as investigações, a PF encontrou mensagens que mostram o deputado xingando o pai devido a uma entrevista em que ele foi chamado de imaturo.
Capturas de telas feitas no WhatsApp, mostram Eduardo incomodado após o comentário de Jair Bolsonaro feito devido a divergências do deputado com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-PB) e passa a atacá-lo com palavrões.
"VTNC SEU INGRATO DO C*RALHO'!, escreveu Eduardo em maiúsculas, usando a sigla que significa "vai tomar no c*".
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Segundo o relatório da PF, o deputado enviou mensagens de desculpa no dia seguinte. Mensagens encontradas também revelam que Jair planejava pedir asilo política na Argentina.
Nos arquivos obtidos pela PF também foram encontradas mensagens do pastor Silas Malafaia, alvo de operação nesta quarta-feira (20/8), criticando e xingando o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ao pai dele o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Esse seu filho Eduardo é um babaca", escreveu Malafaia em 11 de julho, dois dias depois que Donald Trump anunciou a aplicação de uma sobretaxa de 50% ao Brasil, em meio a uma articulação de Eduardo nos EUA.
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Para Malafaia, o deputado estava dando "a Lula e à esquerda o discurso nacionalista, e ao mesmo tempo ferrando Bolsonaro".
"Um estúpido de marca maior. ESTOU INDIGNADO! Só não faço um vídeo e arrebento com ele porque por [sic] consideração a você. Não sei se vou ter paciência [de] ficar calado se esse idiota falar mas [mais] alguma asneira", escreveu o pastor.
Outro acontecimento marcante sobre o tema ocorreu quando o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) solicitou ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a exoneração de Eduardo Bolsonaro do cargo de escrivão da corporação.
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O inquérito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou a atuação de Eduardo Bolsonaro em busca de sanções contra ministros do STF junto ao governo dos Estados Unidos.
O caso levou à abertura de investigação contra Jair Bolsonaro, que já cumpre prisão domiciliar por descumprimento de ordens judiciais.
No início de julho, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou a apuração por mais 60 dias, destacando a necessidade de novas diligências.
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