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Ataques fazem parte da nova ofensiva militar de Trump contra cartéis de drogas latino-americanos | Evelyn Hockstein/Reuters/Folhapress
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (28/10) que realizou novos ataques a embarcações no Oceano Pacífico, próximos à costa da Colômbia, em uma operação ordenada pelo presidente Donald Trump.
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Segundo o secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, as ofensivas, ocorridas na segunda-feira (27/10), resultaram na morte de 14 pessoas.
De acordo com Hegseth, os alvos eram barcos supostamente ligados ao narcotráfico, embora o governo não tenha apresentado provas.
O secretário afirmou que as embarcações estavam sendo monitoradas por agências de inteligência e que uma pessoa sobreviveu, sendo resgatada em uma ação conjunta entre o Exército dos EUA e autoridades mexicanas.
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“Ontem, por determinação do presidente Trump, o Departamento de Guerra realizou três ataques letais contra quatro embarcações operadas por organizações terroristas envolvidas no tráfico de narcóticos no Pacífico Oriental”, disse Hegseth em comunicado publicado no X (antigo Twitter).
O secretário acrescentou que todas as ações ocorreram em águas internacionais e que nenhum militar americano ficou ferido.
Os ataques fazem parte da nova ofensiva militar de Trump contra cartéis de drogas latino-americanos, intensificada nas últimas semanas.
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O governo norte-americano afirma que a campanha pretende conter o tráfico de entorpecentes, mas analistas veem a ação como parte de uma estratégia geopolítica mais ampla, que inclui o aumento das tensões com o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
O temor de uma operação terrestre ou de bombardeios em território venezuelano tem crescido desde o início das ações, que também provocaram críticas do governo colombiano, contrário aos bombardeios na região.
Com as ofensivas mais recentes, o número total de embarcações atingidas pelo Exército dos EUA chega a 14, sendo oito no Caribe e seis no Pacífico, com mais de 50 mortos desde o início do mês.
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Esta foi a maior operação coordenada até agora, já que, até então, os ataques vinham sendo anunciados individualmente.
Em sua declaração, Hegseth voltou a comparar os tripulantes dos barcos com membros da Al-Qaeda, afirmando que os Estados Unidos continuarão “rastreando e eliminando” pessoas ligadas ao tráfico internacional.
Desde o início de outubro, navios e caças americanos deslocados para o Caribe têm realizado ataques contra embarcações de países latino-americanos.
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O Pentágono afirma que as ações buscam impedir o ingresso de drogas nos EUA, mas veículos da imprensa americana sugerem que o verdadeiro objetivo seria enfraquecer o regime de Maduro.
Relatórios da ONU colocam em dúvida a justificativa oficial. O Relatório Mundial sobre Drogas 2025, da agência da ONU para Drogas e Crimes, aponta que o fentanil, principal causa de overdoses nos Estados Unidos, tem origem no México, e não em rotas marítimas próximas à Colômbia ou à Venezuela.
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