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Lula informou que enviou uma carta ao político de centro-direita | Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o senador Rodrigo Paz, presidente eleito da Bolívia, pela vitória nas eleições realizadas no último domingo (19/10).
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Em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (20/10), Lula informou que enviou uma carta ao político de centro-direita, reafirmando a prioridade do Brasil em manter uma relação de amizade e cooperação com a Bolívia.
“Na carta, reiterei que o governo brasileiro valoriza o relacionamento com a Bolívia, país com o qual compartilhamos uma extensa fronteira e uma relação de respeito mútuo”, declarou Lula.
O presidente brasileiro ressaltou ainda o compromisso do seu governo em fortalecer os laços bilaterais, ressaltando que a Bolívia é uma parceira fundamental para a integração da América do Sul.
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Lula também destacou que a conclusão do processo eleitoral “em clima de tranquilidade e harmonia” demonstra o compromisso do povo boliviano com a democracia, um valor que deve guiar toda a região.
Rodrigo Paz, senador pelo Partido Democrata Cristão (PDC), conquistou 54,5% dos votos contra 45,5% do rival conservador Jorge “Tuto” Quiroga, encerrando quase 20 anos de governos do Movimento ao Socialismo (MAS), partido ligado à maioria indígena boliviana e fundado por Evo Morales.
A apuração, com 97% das urnas contabilizadas, apontou a vitória de Paz, que assume o cargo em 8 de novembro. Apesar da vitória, o PDC não obteve maioria no Legislativo, o que exigirá que o novo presidente forme alianças para governar.
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Nascido em 1967 em Santiago de Compostela, na Espanha, durante o exílio político de sua família, Rodrigo Paz é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou a Bolívia entre 1989 e 1993. Jaime Paz ficou conhecido por sua gestão marcada pela privatização e pela defesa do uso comercial da folha de coca, além de ter enfrentado acusações de corrupção, sem ter sido condenado.
Agora, o filho segue os passos do pai, trazendo para a presidência uma plataforma moderada que busca equilibrar a manutenção de programas sociais com o incentivo ao crescimento do setor privado.
A agenda de Paz propõe uma reforma gradual da economia, com incentivos fiscais para pequenas empresas e autonomia fiscal para as regiões. Essa postura contrastou com o discurso mais austero de Quiroga, que defendia cortes severos e a retomada do apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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“Estamos caminhando para uma nova etapa da democracia boliviana no século XXI”, afirmou Paz antes da eleição, enfatizando a construção de uma economia que não tenha o Estado como eixo central, mas que promova o bem-estar do povo.
Rodrigo Paz também sinalizou a intenção de fortalecer as relações diplomáticas com países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, após anos de alinhamento boliviano com Rússia e China. Recentemente, ele revelou planos para um acordo de cooperação econômica de US$ 1,5 bilhão com os EUA, visando garantir o fornecimento de combustíveis ao país.
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