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Pablo Marçal se tornou réu por supostamente ter liderado ida a montanha de SP | Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress
Após se tornar réu na Justiça, a defesa do empresário e político Pablo Marçal (PRTB) se justificou dizendo que a ida ao Pico dos Marins ao lado de um grupo de 32 pessoas em 2022 se tratou apenas de uma “caminhada entre amigos”.
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Segundo o advogado Tassio Renam, Marçal se recusou a assinar um acordo de não persecução penal que previa o reconhecimento de responsabilidade pela organização da caminhada.
“Não há qualquer materialidade ou prova que aponte Pablo Marçal como organizador ou responsável pelo evento. Pelo contrário, todos os depoimentos colhidos indicam que se tratava de uma caminhada entre amigos, sem qualquer organização formal”, afirmou a defesa.
Leia, ao fim deste texto, a nota da defesa de Marçal na íntegra.
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Marçal se tornou réu nesta terça-feira (20/5) após a Justiça de São Paulo aceitar a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que acusa o empresário de ter colocado em risco a vida de 32 pessoas durante uma escalada no Pico dos Marins, no interior de São Paulo, em janeiro de 2022.
O então coach passou a ser investigado após ter liderado o grupo, sem equipamentos, em direção ao topo da montanha na Serra da Mantiqueira, uma das mais altas do Estado. Ao longo da escalada, um vendaval atingiu a região, mas a atividade seguiu.
Apesar de haver depoimentos de parte do participantes que garantiu que subir a montanha havia sido uma decisão coletiva, investigadores também levaram em consideração um vídeo no qual o coach encoraja os aprendizes a não desistirem da trilha, mesmo com vendavais e baixa visibilidade na região montanhosa.
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Desde o caso da escalada do Pico dos Marins, Marçal está proibido judicialmente de realizar qualquer atividade em montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou em locais correlatos, que envolva a si ou outras pessoas, sem autorização da Polícia Militar.
Neste momento, Marçal está inelegível por decisão da Justiça Eleitoral após apontamento de irregularidades nas eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2024. Ele, porém, diz ter o desejo de se candidatar à Presidência da República em 2026.
Leia a nota da defesa de Marçal, na íntegra:
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“A decisão da juíza segue o rito processual regular, considerando que foi proposto um acordo de não persecução penal, que previa o reconhecimento de responsabilidade pela organização da caminhada, o que não condiz com a verdade. Esse acordo foi recusado por nossa parte, uma vez que não há qualquer materialidade ou prova que aponte Pablo Marçal como organizador ou responsável pelo evento. Pelo contrário, todos os depoimentos colhidos indicam que se tratava de uma caminhada entre amigos, sem qualquer organização formal.
Adicionalmente, há o relatório de conclusão elaborado pelo Delegado Francisco Sannini, que atestou a inexistência de dolo por parte de qualquer dos participantes e concluiu pelo não indiciamento dos envolvidos.
Essa orientação, no entanto, não foi respeitada. O Ministério Público chegou a solicitar a retirada dessa peça específica dos autos. Ainda assim, seguimos confiando na Justiça e na expectativa de uma decisão justa e imparcial.
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Tassio Renam
Advogado"
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