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Elevado João Goulart, na região central de São Paulo, 'ganhou' este nome em 2016 | Bruno Escolástico/Photo Press/Folhapress
Assim como propõem projetos apresentados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e na Câmara de Vereadores de São Paulo, o Elevado João Goulart, conhecido como Minhocão, já foi rebatizado para tirar a homenagem a um presidente da ditadura militar (1964-1985).
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Até 2016, a estrutura se chamava Elevado Presidente Artur da Costa e Silva, em referência ao general que comandou o Brasil de 1967 e 1969. No seu governo foi instituído o Ato Institucional Número 5 (AI-5), o que aprofundou de vez a ditadura no País.
Por decisão da Câmara, o então prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou em julho de 2016 a alteração do nome para Elevado Presidente João Goulart, em celebração ao presidente brasileiro deposto pelo golpe militar em 31 de março de 1964.
A medida fez parte do programa Ruas de Memória, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que pretendia alterar os nomes de mais de 40 vias de São Paulo que homenageiam pessoas vinculadas à repressão do regime militar.
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Na mesma linha, o vereador Nabil Bonduki (PT-SP) apresentou na semana passada um projeto de lei para que os nomes de logradouros e equipamentos públicos que homenageiam torturadores da ditadura militar sejam trocados por figuras que lutaram pela democracia do País.
O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) apresentou nesta semana um projeto de lei para que o nome da rodovia estadual Presidente Castello Branco (SP 280) seja mudado para rodovia Eunice Paiva, personagem principal do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional.
Na justificativa do projeto, Cortez afirmou que o ex-presidente militar Humberto de Alencar Castello Branco foi um dos principais articulares do golpe militar de 1964, cujo governo foi responsável pelo desaparecimento e morte do deputado Rubens Paiva, marido de Eunice.
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O parlamentar argumentou que Eunice, por sua vez, “foi uma figura emblemática na luta pelos direitos humanos e pela justiça no Brasil”, além de ter nascido em São Paulo.
Nas redes sociais, Cortez também disse que “ditadores não merecem homenagens”.
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