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Bancada do PSOL pediu impeachment de Tarcísio de Freitas | Divulgação/Governo de SP
A Bancada do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolou nesta segunda-feira (21/7) um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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Segundo os parlamentares, Tarcísio cometeu crimes de responsabilidade ao apoiar publicamente ataques do governo do presidente norte-americano Donald Trump contra o Brasil e agiu para favorecer a fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado por tentativa de golpe de Estado.
O documento afirma que o governador paulista extrapolou suas atribuições e violou o “dever de lealdade institucional ao se alinhar a interesses estrangeiros em meio a uma grave crise diplomática”.
O pedido é assinado pelos deputados estaduais Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas das Pretas e Paula da Bancada Feminista.
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Ainda de acordo com o documento, Tarcísio apoiou publicamente o governo norte-americano ao compartilhar a carta Trump, na qual o presidente dos EUA atacava Supremo Tribunal Federal (STF) e exigia o fim do julgamento de Bolsonaro.
Além disso, o texto também afirma que o governador tentou intervir diretamente no STF para que o passaporte do ex-presidente fosse liberado sob a justificativa de que ele viajaria aos Estados Unidos para negociar a suspensão das tarifas com Trump, proposta considerada “esdrúxula” por ministros da Corte.
Em contato com a reportagem, a assessoria do governador negou ter apoiado ataques de Trump e também afirmou não ter conversado com ministros do STF para fazer qualquer pedido para favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Para a bancada do PSOL, essa atitude representa tentativa de obstrução da Justiça e favorecimento de um investigado que poderia fugir do País e colaborar com articulações para estabelecer sanções ainda mais gravosas ao Brasil pelo governo americano.
Ainda que não tenha formalmente conduzido tratativas com o governo Trump, de acordo com texto, o pedido de impeachment atesta de que a conduta de Tarcísio legitimou os ataques norte-americanos e ultrapassou os limites da liberdade de expressão, se configurando “como apoio tácito a uma agenda que compromete o bem-estar da população brasileira e a soberania nacional”.
“Enquanto o Brasil sofre um ataque econômico e institucional sem precedentes, o governador de São Paulo se comporta como um agente a serviço de um projeto autoritário estrangeiro, que busca enfraquecer a soberania brasileira, fragilizar a democracia e subjugar a nossa economia”, declarou o deputado Guilherme Cortez, líder da bancada do PSOL na Alesp.
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O pedido solicita que o parlamento paulista instaure imediatamente o processo de impeachment e aplique as sanções previstas em lei com a perda do mandato e a proibição de exercer funções públicas por até cinco anos.
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