Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Vista aérea de São Paulo | Eduardo Knapp/Folhapress
A Prefeitura de São Paulo decidiu colocar sob suspeita R$ 249,6 milhões em isenções fiscais concedidas ao mercado imobiliário para a construção de “moradias sociais” na capital paulista. As informações são do UOL.
Continua depois da publicidade
Segundo o portal, essas isenções dizem respeito à licença para a construção de 9 mil unidades do tipo. Isso significa uma pequena fração do total de “moradias sociais” autorizadas entre os anos de 2021 e 2024.
Ou seja: o volume total de isenções que a própria prefeitura concedeu às construtoras é certamente muito maior.
As suspeitas recaem principalmente sobre prédios em bairros como Pinheiros, Itaim Bibi e Moema, todos em regiões nobres de São Paulo.
Continua depois da publicidade
O vereador João Ananias (PT) apresentou em janeiro um requerimento para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostas irregularidades de empresas da construção civil que deveriam produzir moradias populares na Capital.
Desde 2014, ainda na gestão de Fernando Haddad (PT), a Prefeitura de São Paulo oferece isenções fiscais e urbanísticas para o mercado privado construir as chamadas HIS (Habitação de Interesse Social) e HMP (Habitação de Mercado Popular).
Em contrapartida, as construtoras devem vender esses apartamentos a famílias com renda comprovada de até 10 salários mínimos. As denúncias mostram que não é isso que vem sendo feito em pelo menos parte das unidades. A Justiça determinou em janeiro que a prefeitura fiscalizasse as isenções.
Continua depois da publicidade
O cálculo da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, obtido inicialmente com exclusividade pelo UOL, é o primeiro passo para que a gestão Ricardo Nunes (MDB) aplique as multas previstas pela legislação.
Entretanto, a prefeitura nunca fiscalizou a venda desses apartamentos. A concessão dos incentivos foi atrelada apenas a uma autodeclaração das próprias construtoras.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), pelo menos parte desses apartamentos foi comercializada livremente, sem respeitar o público-alvo determinado em lei.
Continua depois da publicidade
Em nota, a prefeitura disse que “reforçou ter adotado medidas rigorosas para garantir o controle e a correta destinação de unidades de habitação social”.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade