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Parte dos governadores de direita deve estar nas urnas presidenciais em 2026 | Arte sobre fotos
Com a inelegibilidade e possível condenação de Jair Bolsonaro (PL), há mais espaço para surgir uma liderança de direita para disputar a Presidência em 2026. Nenhuma, porém, parece não ter o mesmo apelo popular do ex-presidente.
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Há uma ideia dentro da direita de lançar vários candidatos no primeiro turno e, depois, se unir em uma eventual segundo turno. Seria uma saída para compensar a falta de apelo que os candidatos têm em comparação com Bolsonaro.
“Sempre é melhor que exista um candidato principal, mas é possível que não abram mão da disputa múltipla no primeiro turno. Todos querem protagonismo”, explicou a cientista política Juliana Fratini, doutora em ciência política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Para ela, de fato o perfil das outras lideranças colocadas é bem diferente àquela criada pelo bolsonarismo.
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“Bolsonaro é uma liderança carismática e populista, no sentido de conseguir se conectar facilmente com seu público. Ele está para a direita tal qual Lula, que também é carismático e populista, está para a esquerda”, analisou.
“A direita não possui atualmente outros candidatos com o mesmo perfil. Os demais são todos mais sérios, conservadores e moderados”, continuou a especialista.
Entre os nomes que já aventaram a hipótese de concorrer ao cargo máximo do País em 2026 estão os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de Minas Gerais, Romeu Zema e; do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
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“Entre esses, a minha percepção é de que Tarcísio é mais forte”, disse a especialista.
Em um evento em agosto ao lado de outros governadores, Caiado deixou explícito o desejo de haver vários candidatos de direita no primeiro turno. 'Todo mundo sai agora, mas de segundo turno está todo mundo junto, unido, para darmos rumo e devolvermos o Brasil para os brasileiros de bem", afirmou.
Já para o também cientista político Elias Tavares, é possível que uma candidatura de direita mais moderada ganhe fôlego nos próximos meses.
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“Com Bolsonaro fora do jogo, cresce a chance de um nome de centro-direita construir pontes com setores do centro. É o que o mercado já sinaliza: a expectativa de uma candidatura competitiva contra Lula que não esteja presa aos extremos.”
As pesquisas revelam que, de fato, o carioca que comanda São Paulo aparece hoje à frente dos “concorrentes da direita” numa disputa presidencial. Ele, porém, nega ter esse desejo e, ao menos publicamente, indica que buscará a reeleição.
Uma pesquisa Real Time Big Data, divulgada na última segunda-feira (1º/9), testou vários cenários para as próximas eleições presidenciais.
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Tarcísio, que ainda não anunciou que pretende buscar a Presidência, se revelou o mais competitivo contra o presidente Lula (PT) do que Zema, Ratinho e Caiado, ao alcançar um empate técnico. O petista vence numericamente.
O segundo mais bem colocado é Ratinho Junior, que alcança 21% em um dos levantamentos. Lula, porém, pontua 45% nesse cenário.
Já Zema alcança no máximo 11% em cenários que incluem Lula, enquanto Caiado chega a 5%.
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