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Cotidiano

Jovens se descuidam e as ISTs atacam

Mesmo com campanhas de prevenção e mais informação disponível, os casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) vêm crescendo

19/02/2020 às 12:32

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De acordo com dados de 2018 do Ministério da Saúde, foram registrados 158.051 casos de sífilis e 43,9 mil de infecções pelo HIV

De acordo com dados de 2018 do Ministério da Saúde, foram registrados 158.051 casos de sífilis e 43,9 mil de infecções pelo HIV | Arte: Gazeta de S.Paulo

Os números não mentem: casos de ISTs vêm crescendo nos últimos anos. De acordo com dados de 2018, os mais recentes, do Ministério da Saúde, foram registrados 158.051 casos de sífilis e 43,9 mil de infecções pelo HIV, que causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O que chama a atenção é a incidência entre homens jovens, no caso do HIV, a maioria dos pacientes tem entre 25 e 39 anos.

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Esses números ganham uma importância ainda maior no Carnaval, quando as pessoas costumam baixar a guarda na proteção. “Hoje temos campanhas bem difundidas, distribuição gratuita de preservativos no sistema de saúde, medicação mais eficiente, mas os pacientes minimizam os efeitos e as consequências das doenças”, alerta Dania Abdel Rahman Pereira, médica infectologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo.

Os tratamentos disponíveis para as ISTs são mais eficazes, têm menos efeitos colaterais e, no caso das infecções por HIV, dão uma boa perspectiva de vida aos pacientes, mas o Brasil é um dos poucos países do mundo que apresentam crescimento no número de pacientes. A sífilis é uma das ISTs que se destacam nesse cenário. “Talvez porque ela tem uma maior possibilidade de tratamento e cura, notamos um aumento na quantidade de casos”, aponta.

As ISTs que mais acometem os brasileiros são a sífilis, as infecções por HIV e HPV e as hepatites B e C, e não é só a falha na prevenção a responsável pelo grande número de casos. “Em muitas delas os sintomas levam muito tempo para aparecerem, e a pessoa só descobre quando faz um exame de sangue”, explica. Aliás, esse é o motivo responsável pela mudança na forma de se falar desse tipo de doença: de DST (doença sexualmente transmissível) para IST (infecção sexualmente transmissível).

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A sífilis é causada por uma bactéria que, descoberta precocemente, é facilmente tratável com antibióticos. O HIV, HPV e as hepatites B e C são causadas por vírus. Somente o HIV não é curável com a medicina atual, as demais infecções podem ser curadas com medicação específica.

No caso de exposição acidental aos agentes causadores das ISTs, há um tratamento emergencial para pessoas: a profilaxia pós-exposição. “São medicamentos que a pessoa deve tomar em até 72 depois da exposição ao vírus, por 28 dias”, conta Pereira. Há também a profilaxia pré-exposição, que é mais recente e específica para o HIV. Mas é um tratamento que, mesmo tendo sido aprovado pelo Ministério da Saúde, ainda gera controvérsias. “Não se sabe os efeitos desses medicamentos no longo prazo. As pessoas podem passar a não usar mais preservativo, e elas ficam mais expostas a outras ISTs”, afirma.

Assim, a forma mais segura e simples de prevenção é o bom e velho preservativo, masculino e feminino, distribuído gratuitamente na rede pública de saúde, facilmente transportável e muito eficaz – e além disso tudo traz mais tranquilidade aos parceiros. Não baixe a guarda.

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DE DST PARA IST

A mudança de nomenclatura atende a uma característica desse tipo de infecção. “Quando se fala em doença, é porque há sintomas, e infecção não necessariamente. A pessoa pode ser portadora do vírus ou da bactéria e não ter sintomas”. Por isso IST – infecções sexualmente transmissíveis. Mesmo tendo os agentes causadores das ISTs no organismo e não apresentando sinais aparentes – que passam despercebidos e não ligam o alerta para visitarem o serviço de saúde – estas pessoas podem transmitir a doença, mesmo sem saber.

FICHA DAS ISTS

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As infecções sexualmente transmissíveis causam sintomas variados, que vão desde pequenas feridas na pele até falência do sistema imunológico. Os tratamentos disponíveis são eficazes para controlar e até curar algumas delas, mas, para funcionarem, precisam ser descobertas precocemente.

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