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Cotidiano

Cientistas cada vez mais perto da vacina

Um grupo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, está desenvolvendo uma vacina que traz resultados promissores

13/05/2020 às 01:00  atualizado em 13/05/2020 às 11:05

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A ação ocorrerá no município de Serrana, onde todos os cerca de 30 mil moradores com idade acima de 18 anos receberão a vacina

A ação ocorrerá no município de Serrana, onde todos os cerca de 30 mil moradores com idade acima de 18 anos receberão a vacina | Alex Pazuello/Fotos Públicas

Segundo o BMJ (British Medical Journal), uma publicação que é referência na área médica, há mais de 90 vacinas sendo elaboradas contra o coronavírus no mundo. Seis delas estão em uma fase adiantada de desenvolvimento, e uma delas vem chamando a atenção da medicina. É a desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.

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Ela se destaca pela forma como está sendo criada. Os cientistas de Oxford utilizaram o vírus enfraquecido do resfriado comum, mas que carrega o material genético do novo coronavírus - essa tecnologia já existia antes, e foi adaptada para a Covid-19. Isso reduz muito o tempo de desenvolvimento da vacina, que já está sendo testada em humanos, e vem mostrando bons resultados. Os pesquisadores de Oxford preveem que a vacina esteja disponível já em setembro.

Na primeira fase de testes, 1.100 pessoas participaram como voluntários: 550 receberam a vacina e outras 550 um placebo, que é uma substância neutra utilizada como controle. Dentre as 550 que receberam a vacina, 320 desenvolveram boa resposta imunológica, e os efeitos colaterais foram temporários, como dores de cabeça e no braço, no local da aplicação.

Esse é um dos tipos de vacinas desenvolvidas para a Covid-19, e todas têm a mesma função: preparar o sistema imunológico. "Ela o estimula a produzir uma resposta imunológica específica e criar imunidade. Assim, quando o vírus entrar em contato com o organismo, ele o reconhece como corpo estranho, algo como 'eu te conheço e sei como te matar'", explica a imunologista Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasieira de Imunizações (SBIm).

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Mas de forma geral, tanto vacinas quanto remédios demoram bastante para ser desenvolvidos. "O processo passa por uma série de fases: a laboratorial, que define a tecnologia que vai ser utilizada; entender qual parte do agente infeccioso será usado, como ele se comporta; depois é a pré-clínica, com testes em animais, e por fim, em humanos, que é dividido em três etapas", explica. Vacinas também custam muito caro: até US$ 1 bilhão (quase R$ 6 bilhões), já que, de muitas substâncias testadas, poucas são aprovadas.

Da China vêm outras vacinas que se mostram promissoras. Uma delas é desenvolvida pela CanSino Biological, em colaboração com o Instituto de Biotecnologia de Pequim, e usa material genético do coronavírus. Também em Pequim, a empresa Sinovac utiliza o vírus inativado da Covid-19 como base. Dos Estados Unidos, as empresas Inovio Pharmaceuticals e a Moderna fazem pesquisas separadamente, mas utilizam a genética para desenvolver o imunizante. Na Alemanha, a empresa BioNTech e a farmacêutica Pfizer estão com quatro vacinas que usam partes diferentes do código genético do coronavírus e que ainda serão testadas em humanos.

De qualquer forma, enquanto não temos cura nem uma vacina eficaz e segura, valem os cuidados de lavar bem as mãos, higienizar alimentos, usar máscaras e manter o isolamento social - para manter o coronavírus longe de você.

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Corpo em ação

Cientistas da Universidade de Utrecht, do Erasmus Medical Center e do Harbour BioMed, da Holanda, identificaram um anticorpo humano que neutraliza a infecção pelo novo coronavírus. A descoberta foi anunciada no dia 4 de maio, e os cientistas acreditam que esse anticorpo pode evitar também a contaminação por outras versões do coronavírus que podem surgir no futuro.

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