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Nilton Tatto COLABORADOR | /Divulgação
Após um período progressista na história recente da América do Sul, diversos países do continente adotaram políticas neoliberais, com graves consequências para a vida de seus povos. As privatizações; o desmonte das políticas sociais; as reformas trabalhistas e uma sorte de outros programas conduziram boa parte da região a um quadro de desemprego; desvalorização do salário; fome; aumento no preço dos combustíveis, da energia elétrica e dos bens fundamentais.
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A partir da ruptura com modelos que vinham se mostrando sólidos e emancipadores, o que se vê hoje é o aumento das tensões em diversos países, com manifestações nas ruas da Argentina, do Paraguai, do Equador e do Chile. Os golpes em Honduras (2009), no Paraguai (2012) e no Brasil (2016) aconteceram simultaneamente à derrubada no preço dos barris de petróleo e do embargo à Venezuela, algumas das jogadas de desestabilização da região.
Neste mesmo contexto, as eleições no Equador, na Argentina, no Chile e no Brasil colocaram à direita entreguista no governo. É neste cenário que passamos a conviver com os reflexos das políticas liberais em toda América do Sul. Após a implementação de reformas catastróficas (que serviram de inspiração para as reformas brasileiras), o aumento no preço do metrô na última semana, por exemplo, foi o estopim de uma série de manifestações populares no Chile.
Há algum tempo convivemos com as notícias de manifestações também na Argentina e no Equador, por motivações muito semelhantes, sem falar no processo que coloca em xeque o presidente do Paraguai, após o escândalo de Itaipu envolvendo a família Bolsonaro. Enquanto o continente pega fogo, a grande imprensa silencia, e quando muito, trata cada caso de forma isolada, como se o Brasil não navegasse o mesmo barco, ainda que seja o mesmo barco e as mesmas ondas.
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Se o povo brasileiro não despertar para os sinais de que estamos indo ao encontro de um fenômeno devastador, as consequências por aqui podem ser muito graves, já que, enquanto alguns de nossos vizinhos tomaram consciência do que estão enfrentando, no Brasil, seguimos negando a realidade.
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