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Reforma pode dificultar auxílio a família de presos

BENEFÍCIO. Deve ser levada ao presidente Jair Bolsonaro uma proposta para que somente quem ganhe até um salário mínimo possa deixar o benefício para os dependentes

Matheus Herbert

Publicado em 15/02/2019 às 01:00

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O valor pago a dependentes de presidiários é de R$ 1.028,16; Governo quer propor que o benefício seja de um salário-mínimo / /Agência Brasil

Aequipe do ministro Paulo Guedes (Economia) estuda limitar ainda mais o auxílio-reclusão, benefício pago a familiares de presidiários. Deve ser levada ao presidente Jair Bolsonaro uma proposta para que somente quem ganhe até um salário mínimo possa deixar o benefício para os dependentes. Atualmente, esse teto é de aproximadamente R$ 1,3 mil.

Em janeiro, Bolsonaro afirmou que a reforma da Previdência também iria alterar o valor do auxílio, que, segundo ele, não deveria superar o salário-mínimo (R$ 998). Em média, o valor pago a dependentes de presidiários é de R$ 1.028,16. O governo quer propor que o benefício seja de um salário-mínimo. Com o objetivo de garantir melhores condições e amparo a familiares de trabalhadores que foram presos, o auxílio-reclusão é pago essencialmente a crianças e jovens de até 19 anos.

Essa faixa etária recebe 83% desses benefícios, de acordo com dados da Secretaria de Previdência repassados à reportagem. Homens com mais de 19 anos não somam nem 1% dos que recebem o auxílio. Mulheres com mais de 19 anos são 16%.

Somente a população de baixa renda recebe a ajuda. Mas a proposta de reforma da Previdência pode reduzir ainda mais esse grupo com direito a ter o apoio durante a prisão de um membro da família. No ano passado, o gasto com auxílio-reclusão chegou a R$ 630 milhões, montante pouco significativo para o rombo de R$ 195,2 bilhões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Para receber o dinheiro, o familiar precisa comprovar que é dependente do trabalhador que foi preso e que já contribuía para a Previdência. (FP)

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