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Não se pensa em viajar agora, mas o setor já está se planejando para retomar as atividades, oferecendo segurança aos turistas para que eles viajem com tranquilidade
09/05/2020 às 01:00 atualizado em 11/05/2020 às 10:32
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GRUPOS PEQUENOS. Na volta às atividades, viagens com menos pessoas, em grupos pequenos, vão ser mais procuradas pelos turistas, para evitar aglomerações. | / Daxiao_Productions
Poucos voos saem dos aeroportos, movimentação em rodoviárias abaixo do normal, cruzeiros parados, hotéis vazios. É a rotina atual em tempos de pandemia em cidades turísticas, que vêm sofrendo com a queda na movimentação de turistas - e no rendimento que eles trazem.
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Enquanto o coronavírus ainda é um risco para o mundo e vem atingido cada vez mais pessoas, empresários do setor de turismo já estão se preparando para a volta às atividades. Eles estimam que os turistas não devem realizar viagens longas no fim da pandemia. "Os brasileiros vão preferir viajar pelo Brasil e fazer viagens mais curtas", afirma o jornalista Gabriel Dias, editor-chefe do portal Falando de Viagem.
O portal fez uma pesquisa com mais de mil leitores, entre os dias 5 e 7 de abril, para saber a opinião deles em relação às viagens. Antes da pandemia, nos últimos 12 meses, 50,8% dos leitores disseram ter viajado entre uma ou duas vezes para o exterior e 35,8% realizaram a mesma quantidade de viagens dentro do Brasil. Mas tudo mudou com a Covid-19. 61,3% tiveram que cancelar as viagens programadas para este ano.
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As expectativas para a retomada das viagens estão um pouco divididas. 45,5% dos respondentes acreditam que os passeios a lazer só devem retornar no final do ano, e 30,3%, daqui a três ou quatro meses. No quesito sentir-se seguro para viajar depois que for decretado o fim da pandemia, 37,7% dos pesquisados disseram que vão viajar de dois a três meses após a normalização, e 30,7% viajarão logo após a normalização.
Há locais que já estão desenhando planos de ação para a retomada - e já sabem que não voltarão normalmente ao trabalho logo de cara. "Em Orlando [nos Estados Unidos] já foi feito um comitê para pensar na volta dos parques temáticos [como os da Disney], e uma coisa é certa: ninguém vai voltar a operar com 100% da capacidade. Todos os funcionários vão ter que usar máscaras e o álcool em gel estará em todo o lugar", continua Dias.
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Outra providência que se pensa também é evitar aglomerações, venda de ingressos a monumentos, museus, e locais fechados com hora marcada, para limitar a quantidade de pessoas. Grupos menores de turistas também são uma opção. "Fazer mais turismo interno, com pequenos grupos, em pequenas viagens, que valorizem a natureza", afirma a consultora e especialista em viagens internacionais Tânia Trevisan, CEO da Integral Woman Tour, que mora em Portugal. "Na Europa, alguns monumentos devem limitar a quantidade de turistas", adverte.
A limitação na quantidade de visitantes também é lembrada por Jairo Lourenço, guia de turismo e proprietário da Atlântica Turismo, de Teresópolis (RJ). "Quem trabalha com excursões deverá rever o tamanho dos grupos, pois principalmente os mais idosos, talvez, não queiram andar muito em ônibus de grande porte com ar condicionado e fechados". Ele também ressalta o trabalho das prefeituras no cuidado com a higiene.
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"Aspectos como a limpeza urbana, coleta seletiva do lixo, sinalização, iluminação pública, atendimento no comércio local, deverão fazer parte de uma reestruturação do turismo. As pessoas, por um período, irão dar preferência às cidades próximas de suas residências e não irão querer sair de suas casas para um lugar qualquer".
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