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Veja quantas bactérias e quais estão "pegando uma carona" com você | Freepik
Um dos lugares onde você fica grande parte da sua vida, pode estar escondendo uma quantidade assustadora de bactérias e fungos. Pesquisas revelam que um carro pode ser consideravelmente mais sujo do que um banheiro público, abrigando centenas de micro-organismos diferentes.
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Esses habitantes invisíveis não são apenas uma questão de higiene, mas também um risco à saúde de motoristas e passageiros, incluindo grupos vulneráveis como crianças, idosos e grávidas. Entender onde eles se escondem é crucial para a prevenção.
Estudos conduzidos por universidades renomadas, como a de Nottingham e Queen Mary no Reino Unido, e a Devry Metrocamp no Brasil, confirmam essa realidade preocupante ao analisar diversas superfícies internas de veículos.
Análises identificaram bactérias como E. coli e Staphylococcus no volante, freio de mão, câmbio e bancos. Essas bactérias podem desencadear problemas sérios como diarreia e pneumonia, afetando a saúde de quem usa o veículo.
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Outras pesquisas encontraram a bactéria Staphylococcus aureus em quase 70% das partes analisadas, capaz de causar infecções e intoxicações alimentares. Além disso, a Klebsiella pneumoniae, conhecida por sua resistência, apareceu nas amostras.
A Klebsiella pneumoniae pode levar a doenças graves como pneumonia e meningite. Especialistas alertam que, mesmo não sendo o tipo KPC super-resistente, ela continua sendo oportunista, trazendo os mesmos riscos, embora talvez com menor gravidade.
Em cadeirinhas de bebê, a bactéria Shigella foi um achado preocupante, associada a infecções intestinais severas.
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Essa bactéria patogênica causa fortes dores abdominais e diarreia com muco e sangue, sendo especialmente perigosa para crianças e pessoas com baixa imunidade.
Não são apenas bactérias que compartilham do ambiente do seu carro. Fungos como Aspergillus niger, Fusarium spp e Peniccilium spp também foram identificados. Eles representam um perigo real para sua saúde respiratória e da pele.
Esses fungos podem provocar quadros alérgicos e infecciosos, como rinite, sinusite e micoses de pele, cabelos e unhas. O cheiro de mofo no carro é um forte sinal da proliferação desses micro-organismos, liberando esporos que inalamos.
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Ácaros, especialmente nos bancos, são outra preocupação, capazes de desencadear crises de rinite e asma, afetando diretamente a qualidade do ar que você respira dentro do veículo.
Estudos apontam consistentemente o volante como um dos pontos mais críticos de contaminação. A higiene das mãos do motorista é um fator determinante para a quantidade de micro-organismos encontrados ali.
O câmbio e o freio de mão, superfícies frequentemente tocadas, também apresentaram alta carga bacteriana em diversas análises. Surpreendentemente, até câmbios automáticos, menos manuseados, continham uma grande quantidade de bactérias.
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Bancos e cadeirinhas de bebê se destacaram pela presença de micro-organismos perigosos, incluindo a temida Shigella nas cadeirinhas. Levar animais de estimação diretamente nos bancos sem limpeza imediata pode atrair pulgas e carrapatos.
Não se esqueça do lixinho do câmbio: ele é um reduto perfeito para a proliferação de bactérias, especialmente com restos de comida ou umidade. É vital esvaziá-lo sempre.
Dr. Ron Cutler, diretor da Queen Mary University, explica que o carro oferece o ambiente ideal para micro-organismos crescerem.
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Fatores como deixar restos de comida e lixo aceleram essa proliferação, transformando o interior em um "reduto" de bactérias.
A falta de higienização regular e adequada tanto do carro quanto das mãos dos usuários é o principal motivo da alta contaminação. Espirrar, tossir, coçar o nariz e se alimentar no carro depositam micro-organismos nas superfícies.
Paulo Gewehr, infectologista, lembra que bactérias e fungos existem em todos os lugares, mas a proliferação excessiva no carro é o problema. Especialmente o sistema de ar-condicionado pode espalhar fungos causando doenças respiratórias.
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A seguir, veja algumas dicas que separamos para deixar o seu carro da melhor forma possível:
A prevenção começa com a limpeza frequente das áreas mais tocadas no interior do carro.
Volante, painel, maçanetas e câmbio devem ser desinfectados com álcool 70% ou uma mistura de água com detergente neutro. Use pano macio para evitar riscos e repita o processo periodicamente.
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Leve sempre álcool em gel no veículo e use-o antes e depois de dirigir. Esse hábito simples reduz significativamente o risco de contaminação ao tocar superfícies internas do carro.
Use sempre produtos específicos para a limpeza do interior do veículo. Isso evita danos a materiais como couro, plástico e tecido, além de preservar a durabilidade dos componentes.
Aspirar o interior do carro semanalmente ou sempre que possível ajuda a remover poeira, ácaros e micro-organismos. Dê atenção especial aos bancos, frestas e ao assoalho.
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Para uma limpeza mais profunda, utilize produtos bactericidas em estofados e carpetes.
Utilize álcool isopropílico e uma flanela limpa para limpar os vidros por dentro. Isso garante uma visão mais clara e remove resíduos de gordura, suor ou partículas suspensas.
As cadeirinhas devem ter o tecido lavado semanalmente. Caso não possam ser desmontadas, procure serviços especializados. Ao higienizar a cadeirinha, aproveite para limpar todo o interior do veículo, evitando contaminações cruzadas.
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O sistema de ar-condicionado também precisa de atenção. De tempos em tempos, ligue o ar quente por 10 minutos para eliminar fungos e bactérias. Desligue o ar-condicionado 5 a 10 minutos antes de chegar ao destino, deixando apenas a ventilação ligada para secar a caixa de evaporação e evitar mofo.
Troque o filtro de cabine a cada seis meses, principalmente se você vive em grandes centros urbanos ou áreas poluídas. A cada três meses, aplique sprays bactericidas nas tubulações do ar-condicionado, sempre conforme as instruções do fabricante.
Retire o lixinho do carro todos os dias. Evite comer dentro do veículo com frequência, pois restos de alimentos aceleram a proliferação de micro-organismos e atraem insetos.
Lave o carro, interna e externamente, pelo menos uma vez por mês. Se optar por serviços profissionais, certifique-se de que os equipamentos são devidamente higienizados para evitar contaminação cruzada.
Mantenha o carro sempre arejado e, após a limpeza, espere os tecidos secarem bem antes de fechar o veículo. Ambientes úmidos favorecem a proliferação de fungos e causam mau cheiro.
Se você transporta pets no banco, lave os assentos imediatamente após o uso. Isso ajuda a eliminar ácaros, pulgas e carrapatos que possam ter ficado no tecido.
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