Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Mazda RX-7 de Han, com motor Wankel e kit VeilSide, virou ícone em Tokyo Drift e símbolo da era dourada dos esportivos japoneses | Reprodução
O motor rotativo Wankel é uma das peças de engenharia automotiva mais fascinantes e distintas, uma tecnologia que a Mazda abraçou e aperfeiçoou por décadas.
Continua depois da publicidade
Diferentemente dos motores a pistão convencionais, o motor rotativo oferecia uma operação suave, altas rotações e uma incrível densidade de potência, tornando-se o coração de carros esportivos icônicos como o Mazda RX-7 e o RX-8.
Este guia detalha como essa mecânica exclusiva funcionava, explora suas vantagens e desvantagens, além de explicar os fatores técnicos e regulatórios que levaram ao seu desaparecimento como propulsor principal.
O motor Wankel, nomeado em homenagem ao seu inventor Felix Wankel, substitui os pistões e cilindros tradicionais por um design radicalmente diferente.
Continua depois da publicidade
Seu funcionamento baseia-se em poucos componentes móveis, resultando em uma operação com menos vibração e mais compacta.
Os componentes essenciais são:
O ciclo de quatro tempos (admissão, compressão, combustão e exaustão) ocorre de forma contínua e simultânea em três câmaras separadas, formadas entre as faces do rotor e a parede interna da carcaça.
Continua depois da publicidade
Para cada rotação completa do rotor, o eixo excêntrico gira três vezes, resultando em três explosões por volta do rotor. Esse ciclo contínuo é a chave para sua suavidade e capacidade de atingir altas rotações.
A arquitetura única do motor rotativo conferia a ele um conjunto de vantagens de performance que o tornaram ideal para carros esportivos.
A ausência de um movimento alternativo de pistões eliminava muitas das forças de inércia presentes nos motores convencionais, permitindo que ele girasse a rotações muito mais altas com uma suavidade incomparável.
Continua depois da publicidade
Principais vantagens de desempenho:
Essas características foram imortalizadas em modelos como o Mazda Cosmo Sport (o primeiro carro de produção com motor rotativo de dois rotores), o lendário Mazda RX-7 em suas várias gerações (FB, FC e FD) e o Mazda RX-8.
O auge de sua performance foi demonstrado pelo Mazda 787B, que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1991, sendo até hoje o único carro com motor não-pistão a conquistar tal feito.
Continua depois da publicidade
Apesar de sua genialidade e potencial de performance, o motor rotativo Wankel possuía desvantagens intrínsecas que, com o tempo, se tornaram insuperáveis diante das crescentes exigências de eficiência e controle de emissões.
Os principais pontos negativos eram:
A combinação desses fatores, especialmente a dificuldade em conciliar o motor com as metas de emissões e consumo da indústria automotiva moderna, levou a Mazda a descontinuar o RX-8 em 2012, o último carro de produção em massa a utilizar um motor Wankel como propulsor principal.
Continua depois da publicidade
O motor rotativo Wankel representa um capítulo notável na história automotiva, uma demonstração de inovação que proporcionou uma experiência de condução única. Sua alta densidade de potência, suavidade e capacidade de atingir rotações elevadas o consagraram em modelos esportivos icônicos.
No entanto, suas deficiências inerentes em eficiência térmica, consumo e emissões o tornaram inviável como motor principal na era moderna.
Seu legado, porém, continua, com a Mazda revivendo o conceito em uma nova função: como um gerador compacto e suave para estender a autonomia em veículos elétricos, como o MX-30 R-EV, provando que a engenhosidade do seu design ainda tem lugar no futuro da mobilidade.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade