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Fiat Pulse acumula mais de 200 mil unidades produzidas em BetimMG | João Buffon/AutoMotrix
Lançado em 2021, o Fiat Pulse foi o primeiro SUV nacional da marca italiana. Desenvolvido no país, o modelo acumula mais de 200 mil unidades produzidas em Betim–MG, de onde sai para o mercado brasileiro e exportação.
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No final de 2024, a Stellantis deu o primeiro passo para a eletrificação de seus carros no Brasil, e coube aos Fiat Pulse e Fastback o papel de pioneirismo.
Equipados com um sistema híbrido leve de 12 volts (MHEV), eles foram os primeiros entre os modelos do grupo produzidos no Brasil. Pouco menos de um ano depois, em maio, a marca italiana lançou a linha 2026 do Pulse com atualizações visuais, além de novos equipamentos, para se manter competitivo na briga com o Volkswagen Tera e o Renault Kardian.
As mudanças de design na linha Pulse foram pontuais. Na dianteira, o Pulse 2026 teve inspiração no Fastback. A grade frontal redesenhada traz frisos verticais, enquanto o para-choque traz entradas de ar em formato de fenda nas extremidades. O novo “skidplate” (grade inferior) ficou mais largo, com temas geométricos. Na lateral, os protetores de para-lamas ganharam frisos aerodinâmicos.
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Apenas na versão Impetus T200 Hybrid, o pacote Sunroof adiciona teto panorâmico e farol de neblina. As rodas de 16 polegadas da Audace foram reestilizadas. E o interior da Drive 1.3 ganhou acabamento escurecido, com novas padronagens na Audace.
A Impetus tem preço inicial de R$ 146.990 e é a topo de linha com motor 1.0 turbo flex e o sistema híbrido leve. Traz de série ar-condicionado digital, faróis em leds, retrovisores elétricos, rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, modo “Sport”, piloto automático, maçanetas na cor da carroceria, banco traseiro bipartido, chave presencial (keyless), carregador por indução, partida remota, multimídia de 10,1 polegadas, volante e bancos em couro, pacote ADAS (com frenagem autônoma de emergência e assistente de permanência em faixa), comutação automática do farol alto, sensores de chuva e crepuscular, painel digital de 7 polegadas, luz nos retrovisores, espelhos com rebatimento elétrico, retrovisor interno fotocrômico, farol alto automático e teto bicolor.
Como opcional, há o Pacote Sunroof (R$ 4.990), que adiciona teto panorâmico, luz no para-sol e farol de neblina. As opções de cores do Pulse 2026 são Preto Vulcano, Branco Banchisa, Vermelho Monte Carlo, Prata Bari, Cinza Strato, Cinza Silverstone e Azul Amalfi (exclusiva para as versões híbridas, Audace e Impetus).
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O Pulse Hybrid mantém o mesmo interior das demais versões. A central multimídia de 10,1 polegadas continua sendo um dos destaques, com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e interface intuitiva. O sistema responde rapidamente e tem qualidade de tela superior à média da categoria e até do que veículos de faixa de preços mais elevada.
O painel digital de 7 polegadas exibe informações do consumo e do funcionamento do sistema híbrido em tempo real, ajudando o motorista a entender quando o motor elétrico está atuando. A posição de dirigir elevada garante boa visibilidade, e o acabamento, embora simples, tem montagem sólida.
Na linha 2026, a variante Impetus ganhou painel de portas em couro, que contribuem para uma boa experiência a bordo. O teto panorâmico ajuda a deixar o interior do Pulse mais iluminado. O espaço interno é adequado para quatro adultos, com mais espaço na parte dianteira.
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O porta-malas de 370 litros é suficiente para o uso familiar, mas poderia ser maior. Pelo valor (R$ 152.970) da unidade testada, o Pulse poderia contar com saídas do ar-condicionado traseiras, assim como mais airbags – o modelo traz apenas quatro bolsas de ar, duas frontais e duas laterais voltadas para a parte da frente.
O Pulse Impetus Hybrid mantém o equilíbrio característico do modelo e se mostra adequado para o uso diário nas grandes cidades. O sistema híbrido leve cumpre bem o papel de reduzir o consumo de combustível, no entanto, poderia ter um funcionamento mais avançado – especialmente pela ausência de tração elétrica direta nas rodas.
As mudanças no visual foram pontuais, porém, suficientes para garantir uma sensação de renovação dentro da linha 2026. O preço é outro ponto que merece atenção. A Impetus Hybrid parte de R$ 146.990, entretanto, quando equipada com o Pacote Sunroof e a pintura Branco Banchisa (R$ 990) – configuração da unidade avaliada –, o valor sobe para R$ 152.970.
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Esse preço o coloca bem próximo da opção esportiva Abarth, que custa R$ 157.990 e já traz o teto panorâmico de série, além de um conjunto mais potente, com o motor 1.3 turbo flex de 185 cavalos.
O Pulse Impetus Hybrid entrega conforto, eficiência e tecnologia em um pacote coerente, mas o custo elevado e a diferença discreta em desempenho e consumo em relação à variante a combustão limitam seu potencial.
“Acessível, versátil e tecnológico, o Pulse é um SUV jovem, que oferece amplo portfólio de motorização e boa altura livre do solo. O Pulse seguirá revolucionando o mercado, permitindo cada vez mais o acesso a uma tecnologia híbrida para uma faixa de consumidores cada vez maior”, comentou Frederico Battaglia, vice-presidente da Marca Fiat para a América do Sul, durante o lançamento da linha 2026 do Pulse.
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A proposta do Pulse híbrido é clara: reduzir o consumo urbano e oferecer ao motorista uma transição suave entre o carro tradicional e o eletrificado. Ao manter a mesma experiência de condução da versão a combustão, ele facilita a aceitação do público que nunca teve contato com sistemas híbridos.
Rio de Janeiro – O comportamento do Pulse Hybrid é praticamente idêntico ao das versões convencionais a combustão. O sistema de 12V não é capaz de mover o carro sozinho, atuando apenas como suporte nas partidas e acelerações leves.
O SUV compacto foi o primeiro modelo nacional da Stellantis a utilizar o sistema Bio-Hybrid de 12V, tecnologia que a marca classifica como “híbrido multifuncional com bateria de íon-lítio”.
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O conjunto é composto por um pequeno motor elétrico que substitui o alternador e o motor de partida e trabalha com o motor 1.0 turbo flex de até 130 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque – números com etanol. Essa unidade elétrica gera até 3 kW (quatro cavalos), oferecendo auxílio em retomadas, partidas e nas frenagens regenerativas.
Diferentemente da nomenclatura “micro-híbrido” usada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a Stellantis adota o termo “MHEV”. A tecnologia é simples e tem custo reduzido, o que a torna adequada para modelos compactos e de grande volume.
O câmbio continua sendo automático do tipo CVT, com simulação de 7 marchas. O desempenho se mantém dentro do esperado para a categoria, com aceleração de zero a 100 km/h em 9,4 segundos e velocidade máxima de 189 km/h, ambas com etanol. A direção elétrica leve facilita manobras e o uso urbano, e o isolamento acústico é adequado para o segmento.
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Uma das principais particularidades do Pulse Hybrid está no sistema start-stop, que não pode ser desligado pelo motorista. Segundo a Stellantis, isso é essencial para garantir economia de combustível, pois o pequeno motor elétrico de 12V atua em conjunto com o sistema de parada e partida.
Na prática, porém, a função pode causar incômodo em situações de trânsito intenso ou em dias muito quentes, já que o desligamento do motor é frequente e o conjunto eletrificado não consegue sustentar o sistema de ar-condicionado sozinho. Ao desligar em uma parada no semáforo, apenas a ventilação é mantida. O sistema poderia ter um funcionamento mais suave.
Apesar disso, o sistema híbrido consegue reduzir em até 10% o consumo urbano, de acordo com o Inmetro. O Pulse Hybrid registra 13,4 km/l com gasolina e 9,3 km/l com etanol na cidade.
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Na estrada, os números são de 14,4 km/l e 10,2 km/l, respectivamente – médias semelhantes às da versão exclusivamente a combustão. Ou seja, o ganho real ocorre em percursos urbanos, em que o motor elétrico atua com mais frequência.
Durante a avaliação, foram registradas médias de consumo de 9,7 km/l em circuito urbano, sempre com etanol. A grande vantagem do conjunto híbrido de 12V é a simplicidade. A bateria de 11 Ah, instalada sob o banco do motorista, é recarregada automaticamente durante frenagens e desacelerações, dispensando qualquer tipo de carregamento externo.
É um sistema que não altera de forma significativa a experiência de uso, mas que traz ganhos objetivos de eficiência e reduz as emissões.
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