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Volkswagen Jetta GLI | /Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix
A Volkswagen resolveu mudar a tradicional receita dos sedãs com o lançamento do Jetta GLI, para suceder a antiga versão Highline. A configuração esportiva do três volumes até oferece a praticidade das quatro portas e um porta-malas generoso, com seus 510 litros de capacidade - mas as concessões à velha cartilha dos sedãs ortodoxos ficam por aÃ. Todo o resto da "receita" parece ter sido tirada de um cupê esportivo, dos detalhes internos e externos, passando pela configuração da suspensão e do câmbio até chegar ao imponente motor 2,0 litros 350 TSI, com quatro cilindros e 16V, comando duplo variável, turbo e injeção direta de gasolina.
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A sigla GLI significa Gran Luxury Injection e nasceu nos anos 80, para sedãs refinados tecnicamente e com a pegada esportiva dos hatches GTI. Para deixar de ser visto apenas uma alternativa maior e mais conservadora ao Virtus, como alguns costumam definir a linha Jetta, a versão GLI ganhou para-choque dianteiro redesenhado e elegante spoiler sobre a tampa traseira, ladeada pelas lanternas idênticas à s das outras versões do sedã. Os faróis trazem dois canhões de leds com controle automático dos fachos e luzes diurnas que contornam os conjuntos, com uma "assinatura visual" diferenciada em relação à s versões com motor 1.4 turbo flex. Mas o que realmente rouba a cena no visual externo são as rodas aro 18 com pneus mais largos e baixos (225/45) e com as pinças dos freios pintadas de vermelho aparecendo dentro delas, a nova grade com o caracterÃstico filete vermelho, o para-choque com saia aerodinâmica e as duas vistosas ponteiras do escapamento esportivo, uma de cada lado. Sob qualquer ângulo que se observe, algo entrega que se trata da versão esportiva do sedã. Detalhe curioso é a ausência do nome do sedã - apenas a sigla GLI, nos emblemas dos para-lamas frontais e na tampa do porta-malas.
Não é no motor que o GLI se diferencia dos outros Jetta. Nesta geração, é a única versão que tem suspensão traseira independente multilink. Os outros equipamentos da versão mais relevantes são a função Auto Hold, que mantém o freio eletrônico acionado em paradas curtas, e os eficientes alto-falantes da marca Beats - os mesmos da série Beats do Polo. O quadro de instrumentos traz a mesma tela configurável de 10 polegadas do Jetta R-Line, também utilizada no Polo e no Virtus. A central multimÃdia de 8 polegadas com GPS e as interfaces Android Auto e CarPlay também é a mesma.
Apesar de compartilhar com o Golf a plataforma MQB, o Jetta tem 5 centÃmetros a mais no entre-eixos (2,68 metros) e 43 centÃmetros a mais no comprimento (4,70 metros). Na prática, a diferença é que, no Jetta, os passageiros do banco traseiro ficam menos oprimidos e podem até cruzar as pernas. Por dentro, muitas partes com revestimentos emborrachados, montagem de alto padrão e um cuidado nos detalhes. Há quadro de instrumentos digital, central multimÃdia com tela sensÃvel ao toque com 8 polegadas, sistema de som da marca Beats e iluminação da cabine com dez cores. O volante de base reta e aro mais grosso, com encaixe anatômico para as mãos, é emprestado do Golf GTI, assim como o câmbio automático de dupla embreagem com 6 marchas. Os bancos esportivos têm abas maiores e ajuste elétrico para o motorista, com revestimento de couro perfurado com costura pespontada vermelha. No console central, é possÃvel escolher entre quatro modos: Eco, Normal, Sport e Individual. Evidentemente, o Eco é para quem quer economizar e o Sport, para quem busca diversão. Quem quiser pagar um pouco mais, pode levar o teto solar - o opcional, porém, acrescenta R$ 4.990 ao preço do sedã, que parte de R$ 144.990. A pintura metálica acrescenta R$ 1.480 à fatura.
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Tudo no interior do Jetta GLI deixa explÃcita a proposta esportiva do sedã. O acabamento é simples, porém, sem falhas. Um destaque evidente são os diversos detalhes no painel, no tablier, no console, nos bancos com costura vermelha, nas portas e até nas soleiras das portas, lembrando ao visitante de que esse não é um sedã comum. Em alguns casos, até de forma um tanto espalhafatosa - no entanto, esse conceito varia de acordo com o gosto de cada um. Quem viaja à frente tem ar-condicionado digital bizona, entretanto, a Volkswagen ficou devendo saÃdas de ar para a traseira.
O motorista tem justificáveis privilégios, como ajuste elétrico do banco com memórias de posição. Atrás, os encostos de cabeça são costurados e não permitem grandes ajustes. Nestes tempos intensamente conectados, entradas USB extras para os passageiros do banco traseiro seriam mais do que bem-vindas. O porta-malas oferece bons 510 litros, mas as alças da tampa invadem o recinto e comprometem um pouco o aproveitamento do espaço. (Luiz Humberto Monteiro Pereira/Agência AutoMotrix)
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