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Cor lançamento Azul Turbo acrescenta R$ 1.750 ao preço | Luiza Kreitlon/AutoMotrix
Em 2020, o Volkswagen Nivus foi concebido como um veículo de transição entre uma “versão crossover” do Polo e uma “cupê” do T-Cross.
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Com estilo elaborado pelo diretor de Design Américas da marca, o paulistano José Carlos Pavone, foi o primeiro modelo desenvolvido no Brasil que passou a ser produzido na Europa – na fábrica de Pamplona, na Espanha, usando o nome Taigo.
Em seu primeiro “facelift”, apresentado em outubro do ano passado, o Nivus ganhou uma grade mais assemelhada ao atual “family face” da marca alemã na Europa e retoques nos para-choques.
Na variante Highline, os conjuntos ópticos frontal e traseiro passaram a ser conectados por uma faixa estreita em leds – o “light strip” –, criando uma nova assinatura visual.
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Mas quem monopolizou as atenções na estreia da renovada linha Nivus foi o pacote opcional Outfit, disponível para a Highline e apresentado na vistosa cor de lançamento Azul Turbo com teto Preto Ninja (a do modelo testado).
Em maio deste ano, a configuração esportiva GTS completou a linha Nivus.
No ano/modelo 2026, a gama começa em R$ 119.990 na versão Sense (projetada para ser mais acessível e atender ao público PcD), vai a R$ 146.290 na Comfortline e chega a R$ 163.290 na Highline, as três com o mesmo motor 1.0 turbo 200 TSI e câmbio automático de 6 marchas.
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Já a esportiva GTS adota o poderoso 1.4 turbo 250 TSI, com 150 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque, e custa R$ 179.990.
O Nivus Outfit – que na verdade é um Highline com o opcional Outfit – parte dos R$ 163.290 da Highline e acrescenta R$ 2.190 do pacote que deixa o SUV-cupê com aparência mais jovial e estilosa. No exterior, teto, retrovisores, maçanetas e frisos dianteiros e traseiros recebem pintura em preto piano, além dos 'badges' em preto com nome “Outfit”.
Dentro, as tonalidades dos revestimentos são em tons azulados.
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Outro opcional disponível para a Highline é o pacote ADAS, que custa R$ 4.210 e acrescenta assistente de condução (Travel Assist), que mantém o carro na posição preferencial na faixa e distância em relação ao veículo à frente, assistente de estacionamento (Park Assist), câmera multifuncional, detector de ponto cego com assistente de saída de vaga e volante multifuncional em couro sintético.
Produzido na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, o utilitário esportivo compacto com carroceria em estilo cupê é montado sobre a plataforma MQB, a mesma do hatch Polo, do sedã Virtus e do utilitário esportivo T-Cross.
Toda a linha Nivus têm a mesmas medidas: 4,26 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,49 metro de altura e 2,56 metros entre os eixos. As versões Sense, Comfortline e Highline (e sua derivada Outfit) são movidas pelo mesmo motor 200 TSI Total Flex (família EA211) – já adotado no Polo, no Virtus e no T-Cross.
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Com um litro, turbocompressor e injeção direta de combustível, gera até 128 cavalos de potência (94 kW) e torque de 20,4 kgfm a 2 mil rotações por minuto.
A partir da Comfortline, o Nivus traz de série direção com assistência elétrica, seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina), auxílio de partida em rampa, controle eletrônico de estabilidade (ESC) e de tração (ASR), faróis de leds com DRL (luzes de circulação diurna) em leds integrado, lanternas também em leds, câmera de ré, volante multifuncional, Isofix e “top tether” para fixação de cadeirinha infantil, sensor de estacionamento traseiro, freios a disco nas quatro rodas, retrovisores externos eletricamente ajustáveis com função “tilt down” no lado direito (para facilitar as manobras de estacionamento junto ao meio-fio) e carregador de celular por indução.
A Highline acrescenta controle de cruzeiro adaptativo (ACC), sistemas de frenagem autônoma de emergência, Front Assist, Post Collision Brake, ar-condicionado digital, bancos em material sintético Native, rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado (são escurecidas na Outfit), sensores de chuva, crepuscular e de estacionamento traseiros e dianteiros, detector de fadiga, botão para partida do motor e volante multifuncional com “paddles shifts” para troca de marchas manuais.
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A Volkswagen afirma que os novos faróis são capazes de substituir as luzes de neblina, que foram suprimidas no atual Nivus, dando lugar a passagens de ar para reduzir o coeficiente de arrasto e melhorar a aerodinâmica.
Além da cor de lançamento Azul Turbo (que acresce R$ 1.750 ao preço), compõem a gama de tonalidades disponíveis o Azul Titan, o Cinza Moonstone, o Vermelho Sunset, o Cinza Platinum, o Branco Cristal e o Preto Ninja.
Na remodelação do Nivus apresentada no final do ano passado, os bancos receberam nova roupagem. Nas portas e no painel, o revestimento “soft touch” acompanha as costuras dos bancos em contraste. Com o pacote Outfit, os bancos são em tom azul claro e ganham o logo “Outfit” em baixo relevo nos encostos dianteiros, com costuras no painel, portas e apoia braço em destaque.
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Uma larga faixa em vinil azul atravessa todo o “tablier” e emoldura o painel de instrumentos e o multimídia. O acabamento repete o padrão do hatch Polo, com predomínio de plásticos duros, mas uma montagem precisa.
Há regulagens de altura do banco e de altura e profundidade da coluna de direção. Para os passageiros de trás, o espaço para pernas e para as cabeças não é muito farto, mas há saídas de ar, portas USB tipo C e luzes de leituras.
Apesar de ter os mesmos 2,56 metros de entre-eixos do Polo, o SUV-cupê rentabiliza a traseira alongada para gerar um generoso porta-malas de 415 litros – supera os 300 litros do Polo e os 373 litros do T-Cross.
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O painel de instrumentos configurável Active Info Display de 10,25 polegadas integra-se à central de infoentretenimento VW Play, com tela de alta resolução de 10,1 polegadas sensível ao toque com conectividade com Android Auto e Apple CarPlay sem necessidade de cabos.
O multimídia foi atualizado, ganhou novo layout e facilita a conexão de internet via celular, além de oferecer opção de internet integrada 4G com Wi-Fi nativo. O comando de volume do som, do ar-condicionado, o destravamento do porta-malas ou o desligamento do start-stop são feitos na própria tela – contudo, enquanto o motorista não se acostuma, os botões podem fazer falta.
O aplicativo Meu VW vem na versão 2.0, que permite travar e destravar o veículo, localização em tempo real, acionamento da buzina e do pisca alerta, modo manobrista, controle de perímetro, restrição de horário e gestão de saúde do carro com mais de 90 alertas.
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No console central, a alavanca convencional do freio de estacionamento parece um tanto anacrônica – um freio eletrônico acionável por botão cairia bem. Não há opção de teto solar.
O motor 200TSI move o Nivus com a necessária destreza. Embora sem pretensões de oferecer muita esportividade, o turbo de 128 cavalos não deixa a desejar, entregando boas acelerações e retomadas – vai de zero a 100 km/h em dez segundos e atinge 192 km/h com etanol.
Com o uso, o Nivus Highline (com sua “roupa de festa” opcional Outfit) se revela um veículo agradável de se conviver.
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A transmissão normalmente troca as marchas de modo suave e eficiente. Percebe-se algum “delay” quando o motorista opta por acelerações mais bruscas, minimizável com a utilização do modo “Sport”, que efetivamente deixa o carro mais esperto – mas aumenta o consumo de combustível.
Por ser mais leve em relação ao T-Cross, que roda com o mesmo motor, o Nivus oferece mais agilidade no trânsito urbano em comparação ao SUV. E o design mais aerodinâmico colabora no desempenho nas estradas.
A direção elétrica segue as boas tradições do Polo, do Virtus e do T-Cross – é leve para as manobras de estacionamento e firme nas velocidades mais elevadas. Ao acionar a seta, as luzes de neblina piscam junto, aumentando a efetividade da sinalização.
A altura livre m relação ao solo de 17,6 centímetros evita que o fundo do Nivus raspe em lombadas – um “problema cotidiano” no Brasil que ajuda a reforçar as vendas dos utilitários esportivos. O motor tricilíndrico transmite poucas vibrações ao volante. A tração é dianteira e, nas curvas, o carro se mostra bastante estável, mantendo um comportamento consistente.
Em termos de equilíbrio dinâmico, o Nivus parece mais um hatch do que um SUV. Não demonstra tendências expressivas de flutuação, transmitindo sensação de segurança. Com relação ao consumo, o Inmetro aponta médias de 8,6 km/l (etanol) e 12,4 km/l (gasolina) na cidade e 10,3 km/l (etanol) e 14,8 km/l (gasolina) na estrada.
Volkswagen Nivus Outfit
Motor: 1.0 TSI, dianteiro, transversal, três cilindros, 12 válvulas, 999 cm3, duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, turbocompressor e injeção direta
Potência: 116 cavalos (gasolina)/128 (etanol) cavalos a 5.500 rpm
Torque: 20,4 kgfm de 2 mil a 3.500 rpm (gasolina e etanol)
Transmissão: automática de 6 marchas
Tração: dianteira
Suspensão: independente MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Rodas e pneus: alumínio aro 17 polegadas com pneus 205/55 R17
Freios: discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS e ESP
Dimensões: 4,26 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,49 metro de altura e 2,56 metros de entre-eixos
Peso: 1.238 quilos em ordem de marcha
Tanque: 52 litros
Porta-malas: 415 litros
Preço: R$ 163.290 na versão Highline. O pacote Outfit acrescenta R$ 2.190, o opcional ADAS custa R$ 4.210 e a cor Azul Turbo com teto Preto Ninja agrega R$ 1.750 ao preço, totalizando R$ 171.440 no modelo testado.
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