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Cotidiano

Após pronunciamento de Bolsonaro, Mandetta pede calma

Ministro da Saúde pediu calma e equilíbrio aos governadores, mas não chegou a endossar o discurso do presidente

26/03/2020 às 01:00  atualizado em 26/03/2020 às 10:11

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Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante videoconferência com governadores

Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante videoconferência com governadores | /Marcos Corrêa/PR

Um dia após pronunciamento de Bolsonaro sobre o novo coronavírus deixar autoridades da saúde e gestores de estados e municípios perplexos, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou de uma reunião na manhã desta quarta-feira (25) com o presidente ministro e governadores do Sudeste. No encontro, Mandetta pediu calma e equilíbrio aos governadores, mas não chegou a endossar o discurso do presidente, segundo pessoas presentes.

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Em seu pronunciamento, na noite de terça-feira, Jair Bolsonaro afirmou que cobraria do Ministério da Saúde regras mais brandas sobre isolamento contra a Covid-19, que se restringiriam apenas a grupos de risco -- idosos e pessoas com doenças crônicas. Além disso, voltou a afirmar que o novo coronavírus é um 'gripezinha'.

Para aliados do ministro, ele não deve pedir demissão. A estratégia de Mandetta deve ser "sair pela tangente", tentando apresentar dados sobre locais que desistiram de medidas mais flexíveis para conter a crise, como o Reino Unido. O ministro, no entanto, já teria demonstrado cansaço pela queda de braço com Bolsonaro. Primo de Mandetta, o deputado federal Fabio Trad (PSD-MS) defendeu que o ministro mantenha o discurso, mesmo que lhe custe a demissão do governo. "Ele fez um juramento ao se formar, pela ciência e não pela politicagem. Entre Hipócrates e Bolsonaro, pela integridade intelectual de Mandetta, tem de ficar com Hipócrates", afirmou o deputado ao Estadão/Broadcast

Segundo fontes da linha de frente de discussões sobre combate à covid-19 no governo, há grande preocupação sobre o impacto econômico de medidas mais restritivas, o que levou Bolsonaro a pensar em alternativas menos duras. Ainda assim, também é reconhecido no Palácio do Planalto que a saída de Mandetta geraria uma crise na hora errada. "Não se tira o general durante uma batalha", disse um integrante do governo.

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Por ora, a leitura é de que mesmo se o governo adotar o "isolamento vertical", a medida tem de ser posta com muito cuidado e forte estratégia de comunicação.

CAIADO

Aliado de primeira viagem do presidente, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse nesta quarta-feira (25) que as decisões de Bolsonaro não vão "alcançar" seu Estado.

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"Quero deixar claro a todos os senhores e senhoras, a todo o meu povo goiano, com muita tranquilidade, mas com autoridade de governador e com o juramento de médico, que não abro mão dele, que as decisões do presidente da República no que diz respeito a área de Saúde e o coronavírus não alcança o estado de Goiás. As decisões de Goiás serão tomadas por mim e por decisões lavradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo corpo técnico do Ministério da Saúde."

*Com informações do Estadão Conteúdo

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