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Os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo assinaram requerimento para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a máfia das creches terceirizadas na capital
paulista.
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A polícia iniciou, na manhã de quinta-feira (12), a operação Misantropia, com cumprimento de mandados de busca e apreensão em 16 endereços ligados aos suspeitos de chefiarem uma possível máfia das creches municipais. O grupo é suspeito de crimes como apropriação indébita, peculato, formação de quadrilha, ocultação de patrimônio e até de desviar comida das crianças.
A proposta de CPI foi feita pela vereadora Janaína Lima (Novo), que cobrou investigação do caso em suas redes sociais. "As investigações devem continuar, os contratos têm que ser suspensos e todas as vagas realocadas para instituições idôneas o quanto antes", afirmou.
O requerimento foi assinado por 18 dos 55 vereadores, entre políticos da base de Bruno Covas (PSDB) e também de oposição. Agora, com o número necessário de assinaturas, o pedido entrará numa fila.
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O tema foi um dos principais da sessão desta quinta na Câmara, com diversos vereadores citando reportagem da "Folha de s. Paulo" que revelou a investigação.
"Sem fiscalização, a possibilidade de fraude, disso que estamos vendo aqui, é muito grande. Então a gente espera que a Secretaria de Educação coloque mais fiscalização. Não é possível que nossas crianças sejam tratadas desse jeito", afirmou o vereador Toninho Vespoli, do PSOL.
O vereador Zé Turin (PHS) afirmou que as entidades que cometem irregularidades são minorias, mas precisam ser punidas.
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A gestão Bruno Covas (PSDB) afirmou que descredenciará as entidades investigadas sob suspeita de fazer parte de uma máfia das creches terceirizadas em São Paulo. O secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, afirmou que a partir da próxima segunda-feira (16) novas entidades devem gerenciar as
creches.
Mais de uma dezena de endereços foram alvo de procedimento de busca e apreensão da Polícia Civil, que apura desvio de verbas e até de comida nas unidades.
As entidades administradoras de creches investigadas são as associações Águas Marinhas, a Criança de Deus, Mulheres da Cidade Tiradentes e Casa da Mulher da Cidade
Tiradentes.
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"A Polícia Civil só nos ajuda e acelera o processo de apuração dos atos administrativos", afirma Caetano.
A prefeitura afirma já ter descredenciado a Associação Águas Marinhas em julho, após processo de investigação identificar irregularidades fiscais na documentação.
O secretário afirmou que "há fortes indícios de uso de notas fiscais frias". (FP)
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