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Governador também reconheceu que Lula terá ENTITY_apos_ENTITYuma voz significativaENTITY_apos_ENTITY nas eleições presidenciais de 2022 | /CLEBER MATA/SECOM
O governador João Doria (PSDB) defendeu explicitamente a composição de uma chapa em que a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) seja candidata a vice do prefeito paulistano Bruno Covas (PSDB), que buscará a reeleição em 2020.
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Ele também situa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recentemente libertado da prisão, como ator central no pleito municipal do ano que vem.
Sobre a chapa Covas-Joice, Doria foi claro. "Por que não? O Bruno será reeleito. A Joice é uma brilhante deputada, pessoa com boa formação e com quem tenho uma relação de muitos anos".
Depois, ele repetiu o bordão segundo o qual "quanto mais próxima estiver do Bruno, mais felizes ficaremos", completando com uma avaliação: "E acredito que os eleitores, porque ela complementa bem o perfil do Bruno", disse.
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Com isso, o governador paulista consolida o que vinha insinuando desde que o PSL implodiu, dando origem a um novo partido que está sendo montado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil.
Joice vinha se colocando como a candidata de Bolsonaro à prefeitura, mas acabou rompida com o presidente e seus filhos - que estão de saída do PSL. Com isso, perdeu seu principal ativo, caso siga na agremiação.
A deputada é uma aliada de Doria, de quem crescentemente passa a depender como padrinho. Conhecida pelo estilo intempestivo, Joice segue dizendo que é candidata, mas o rebaixamento da pretensão parece ser um caminho natural.
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Embora não tenha elaborado, o governador falou em complementariedade de estilos porque o prefeito e a deputada são bastante diferentes. O tucano é mais comedido, introspectivo, enquanto Joice é extrovertida e busca sempre enfrentamento.
"Não quero aqui antecipar o processo, temos tempo, é uma definição para abril do ano que vem. Mas se isso avançar [a chapa Covas-Joice], terá os bons olhos do governador de São Paulo", disse o governador.
Doria voltou a negar que haja qualquer plano B no PSDB para a eventualidade de o tratamento de um câncer no trato digestivo impossibilitar a tentativa de reeleição de Covas.
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LULA
A eleição paulistana é essencial para o plano não-declarado de Doria de tentar a presidência em 2022, dado o peso político e eleitoral da Capital.
Hoje, Doria desponta como presidenciável do chamado centro, que na realidade é mais uma centro-direita. Mais à esquerda no espectro surge o apresentador global Luciano Huck, enquanto mais à direita estão o presidente Bolsonaro e o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).
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A esquerda ainda não tem nomes certos, embora Ciro Gomes (PDT) busque espaço para voltar à disputa e o
ex-prefeito paulistano Fernando Haddad possa ser novamente o nome de um hoje inelegível Lula, como em 2018 - quando perdeu o segundo turno para Bolsonaro.
Acerca do papel do ex-presidente na eleição, o tucano fez uma análise fria, distante da agressividade antipetista que costuma acompanhar suas falas sobre o petista.
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"Haverá impacto. A voz do Lula é uma voz significativa, ele é um líder, está aglutinando os movimentos de esquerda que estavam desaglutinados desde sua prisão. Isso terá um papel expressivo nas eleições municipais", disse.
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