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Quem vai entrar na disputa | Arte: Gazeta de S.Paulo
As eleições municipais deste ano serão as primeiras após a vitória do presidente Jair Bolsonaro. A campanha de 2018 foi marcada por alta polarização entre esquerda e direita, disseminação do uso de redes sociais pelas equipes de marketing, notícias mentirosas, cenas de violência e o alastramento de forças conservadoras pelo País. Não está claro ainda para os partidos políticos se o tom para 2020 deve permanecer o mesmo.
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De acordo com o estrategista de marketing político eleitoral e publicitário João Miras, o conservadorismo é uma tendência que deve continuar forte no País, mas o ambiente estará menos radical. "O processo eleitoral vai ocorrer com o clima mais ameno devido o arrefecimento da crise econômica. Não há mais uma população tão enraivecida como nas eleições de 2018".
Nesse cenário, explica Miras, a tendência é a de haver vantagem para candidatos mais conciliadores. Na cidade de São Paulo, segundo ele, sairiam na frente Bruno Covas (PSDB) e Márcio França (PSB).
"Alguém com perfil agregador como Bruno Covas leva vantagem. Mas também é fundamental não se esquecer do Márcio França. São os que têm menos rejeição da população. O pêndulo ficará entre esses dois", analisa. Já o PT, explica, ainda não desfez a imagem desgastada e não deve vir com força na capital paulista, cidade onde já elegeu Luiza Erundina, Marta Suplicy e Fernando Haddad.
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É provável que o partido que Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil, não possa lançar candidatos nas eleições deste ano. Para o presidente a chance de viabilizar o novo partido a tempo "é de 1%".
Bolsonaro também deve dar seu apoio a poucos candidatos pelo País. Serão escolhidos os de confiança e com alinhamento ideológico em cidades estratégicas. O presidente quer evitar dar apoio e depois haver rompimento, o que poderia enfraquecer sua campanha à reeleição em 2022.
As eleições 2020 serão realizadas em primeiro turno em 4 de outubro e no segundo em 25 de outubro. As figuras políticas já se movimentam nos bastidores dos partidos e organizações em busca de apoio para se tornarem pré-candidatos.
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Veja a seguir quais são os candidatos mais prováveis dos principais partidos políticos. Um deles poderá ser o próximo prefeito de São Paulo.
Covas e Joice
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Em 1º de janeiro deste ano o prefeito Bruno Covas encerrou o mistério e anunciou que será candidato à reeleição na Capital em entrevista à rádio “CBN”. O tucano também afirmou que fará a campanha enquanto se mantém no cargo – Covas não tem vice. Ele manterá ainda o tratamento de um câncer descoberto em outubro. O governador João Doria (PSDB) trabalha nos bastidores para que a vice do prefeito seja a deputada federal Joice Hasselmann (PSL). Ela, porém, costuma deixar clara a intenção de encabeçar uma candidatura na maior cidade do País.
Suplicy e mais 5
Seis nomes são cotados para concorrer nas prévias petistas: Eduardo Suplicy, Carlos Zarattini, Jilmar Tatto, Alexandre Padilha, Paulo Teixeira e Nabil Bonduki. Há ainda a possibilidade de surgir uma mulher negra (leia mais na coluna De Olho no Poder). Último a anunciar a intenção, Suplicy se diz confiante por ter boa aceitação popular. “Recebo muito carinho, muita gente me pede para ser candidato”, diz à Gazeta. Há correntes no partido que acreditam que o PT só teria chance com Fernando Haddad. Mas o ex-prefeito já afirmou a lideranças que pretende continuar a dar aulas e a se aprofundar nos temas nacionais.
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Arthur do Val
Expulso do DEM em novembro, Arthur do Val busca um partido para se candidatar a prefeito. Segundo o “Estadão”, há negociações com Patriotas, Avante e Pros. Questionado pela Gazeta por qual desses tem mais alinhamento ideológico, Do Val respondeu: “O problema hoje é muito menos ideológico e muito mais pragmático. Os partidos não representam mais as linhas ideológicas da população”.
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Boulos (e Erundina), Sâmia e Giannazi
Os simpatizantes do Psol estão empolgados com a possível chapa formada entre Guilherme Boulos e a deputada Luiza Erundina. Em entrevista à Gazeta, contudo, o deputado estadual Carlos Giannazi garante que Boulos não definiu ainda se será pré-candidato. Neste caso, as prévias do Psol ficariam entre ele e a deputada Sâmia Bomfim. Giannazi acredita estar à frente dos colegas de partido pela experiência e por ter aceitação em setores distintos. “Minha candidatura é de esquerda, mas consegue dialogar com setores que Sâmia e Boulos não conseguem”, diz.
Márcio França
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Márcio França perdeu as eleições ao governo de SP em 2018 para João Doria, mas bateu o concorrente na Capital. Na mesma semana anunciou: “A vitória na Capital me credencia a disputar a prefeitura”. Ele tem como trunfo a experiência como governador e como prefeito de São Vicente, na Baixada Santista, por dois mandatos, onde teve avaliação positiva superior a 90%.
Outros nomes que podem aparecer na urna
O apresentador José Luiz Datena afirmou na última quinta-feira (9) que pode ser candidato na Capital. Caso seja, é considerado um dos favoritos por institutos de pesquisa. Datena não é filiado a qualquer partido político.
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Outro nome que pode vir forte é o de Celso Russomano (Republicanos), que chegou a liderar eleições para prefeito em outros pleitos. Ele se mantém discreto sobre suas intenções em 2020. Há também a possibilidade do deputados ser vice de Covas.
O Novo fez o que chamou de "processo seletivo" para escolher o ex-presidente do Fundo Social do estado de São Paulo e ex-secretário de Assistência Social da Capital, Filipe Sabará, como pré-candidato em São Paulo.
Já o PCdoB definiu que terá candidatura própria neste ano. O escolhido para encabeçar a chapa é Orlando Silva, ex-ministro dos Esportes do governo Lula.
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