NOVO CENTRO VELHO
Uma série de ações da Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), pretende transformar a região central da maior cidade do PaÃs
Thalita Medeiros
Publicado em 29/02/2020 Ã s 01:00
Atualizado em 13/09/2021 Ã s 15:48
A obra considerada mais importante está sendo tocada desde junho no Vale do Anhangabaú / Arte: Gazeta de S.Paulo | Foto: Ettore Chiereguini/Futura Press
Parte do centro de São Paulo está em obras. Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), um conjunto de projetos no coração da maior cidade do País pretende tornar a região um local mais frequentado à noite e fins de semana e um polo turístico e de economia criativa da cidade. As transformações deverão ser uma das principais bandeiras para o prefeito convencer o eleitor a permanecer no cargo nas eleições de outubro.
A obra considerada mais importante está sendo tocada desde junho no Vale do Anhangabaú, com a intenção de o local deixar de ser um espaço apenas de passagem. Para isso, o projeto prevê a instalação de 13 quiosques para atividades gastronômicas, culturais e de serviço, novo piso e iluminação e 850 fontes d'água.
A expectativa é que haja impacto também em galerias da região, como a Prestes Maia e a Formosa, com a criação de equipamentos de economia criativa. "A intenção é trazer mais vida, mais gente, mais atividade econômica, social, cultural para a região central de São Paulo", afirma Fernando Chucre, secretário de Desenvolvimento Urbano, em entrevista à Gazeta.
As obras do Vale do Anhangabaú terão um custo aproximado de R$ 80 milhões e a destinação dos recursos será inteiramente por meio do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. A previsão de entrega é em julho de 2020.
O Largo do Arouche é outro espaço em transformação. A obra está sendo financiada pela Associação Viva o Centro e não há recursos públicos. O valor de R$ 3,8 milhões foi doado por empresas francesas. O secretário garante que não há qualquer contrapartida a essas companhias.
A prefeitura pretende também instalar elevadores e escadas para acesso ao Minhocão, para uso dos pedestres à noite e aos fins de semana, quando a via está fechada para automóveis. Segundo Chucre, o Minhocão já é um parque, e se assim fosse reconhecido seria o quinto mais frequentado da cidade. Depois de ser barrado na Justiça, o projeto acabou ficando para trás porque depende de debates públicos e outros estudos para sair do papel. Outra ação para o centro é o Triângulo SP, com eventos culturais para estimular o turismo. Com as mudanças, a prefeitura também pretende atrair mais moradores ao centro, por meio do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Setor Central. Segundo Chucre, há potencial para 250 mil novos moradores, de todas as classes sociais. Veja, abaixo, as principais transformações.
Obras não são unanimidade
As mudanças no centro não são unanimidade. A obra no Vale do Anhangabaú ficou paralisada por duas semanas após a Associação Preserva SP alegar que a prefeitura não colocou o projeto em discussão. Já as intervenções no Arouche foram interrompidas por cinco meses. Segundo o Ministério Público, o lugar corria risco de descaracterização. Por sua vez, o vereador Caio Miranda (PSB) garante que vai tentar interromper a instalação de elevadores no Minhocão na Justiça. Para ele, "beira a um ato criminoso" gastar dinheiro público antes de decidir se a via vai ser parque ou será demolida.
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