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Cotidiano

‘Não tenho preconceito em relação à classe média’, diz Boulos

Em entrevista à Rádio Trianon e à Gazeta, pré-candidato à Prefeitura de SP falou sobre moradia no centro e disse conhecer 'os dois lados da ponte' da Capital

Bruno Hoffmann

30/07/2020 às 14:38

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Guilherme Boulos é pré-candidato à Prefeitura de SP pelo Psol

Guilherme Boulos é pré-candidato à Prefeitura de SP pelo Psol | /MArcello Casal Jr/Agência Bras

Nesta quinta-feira, o programa Metrópole em Foco, da "Rádio Trianon", comandado pelo jornalista Pedro Nastri, e o jornal Gazeta de S. Paulo entrevistaram Guilherme Boulos (Psol), pré-candidato à prefeitura de São Paulo. A rádio e o jornal promovem uma série de encontros virtuais com os pré-candidatos, que já contou com Filipe Sabará (Novo), Orlando Silva (PCdoB), Jilmar Tatto (PT) e Andrea Matarazzo (PSD).

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Na entrevista, o pré-candidato do Psol e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) defendeu, entre outras ações, a criação de moradias populares no centro. Segundo Boulos, há 40 mil habitações abandonadas na região central de São Paulo, enquanto há 25 mil pessoas sem-teto na Capital.

“A proposta é pegar esses imóveis abandonados, em situação ilegal, requalificar, fazer coisas bonitas, e botar moradia popular para pessoas mais pobres poder morar. Nós temos que quebrar essa barreira que pobre não pode morar no centro, pobre tem que ser jogado para o fundão de M’Boi Mirim, para o fundão de Perus, para o fundão da Cidade Tiradentes, e o centro ser privilégio de quem tem mais dinheiro”, afirmou.

De acordo com o pré-candidato, outras cidades grandes do mundo também passaram a incentivar que pessoas mais pobres ocupassem moradias em regiões nobres da cidade, como Nova York, nos Estados Unidos.

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Questionado se o candidato saberá entender também os anseios da classe média paulistana, Boulos afirmou que nasceu em uma família de classe média, no bairro de Pinheiros, na zona oeste da Capital, estudou em bons colégios, e decidiu, por causa da militância, viver no bairro do Campo Limpo, na zona sul, há duas décadas.

“Não tenho preconceito em relação à classe média. Eu não acho que a classe média paulistana toda pensa igual à Bia Doria, ou pensa igual a uma gente preconceituosa, racista. A maior parte da classe média não é assim”, disse, se referindo à primeira-dama do Estado, que afirmou recentemente que não se deveria dar comida a pessoas em situação de rua.

“Uma das razões que eu decidi ser candidato a prefeito de são Paulo é que conheço os dois lados da ponte”, completou Boulos.

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O pré-candidato também exaltou a gestão de Luiza Erundina (Psol), vice da sua chapa e atual deputada federal, no tempo em que ela foi prefeita da cidade, entre 1989 e 1992. Para ele, as duas ações de destaques da gestão Erundina foram a valorização dos servidores públicos e a inversão de prioridades, ao, disse, priorizar os bairros da periferia  em vez da região central.

Recentemente, o ex-presidente do PT, Tarso Genro, afirmou que o partido deveria abrir mão da candidatura de Jilmar Tatto para apoiar Boulos desde o primeiro turno. Questionado sobre a questão, Boulos afirmou: “Me honra muito a declaração de apoio do Tarso. Não cabe a mim dizer o que o PT deveria fazer, mas fiquei muito grato com apoio”.

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