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ELEIÇÕES 2020

‘Socialismo que defendo está em Portugal, está na Nova Zelândia’, diz Márcio França

Em entrevista à Rádio Trianon e à Gazeta, pré-candidato à Prefeitura de SP disse ter visão diferente à de Boulos e justificou encontro com Bolsonaro

Bruno Hoffmann

Publicado em 24/08/2020 às 15:21

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Márcio França é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSB / /DIVULGAÇÃO/GOVERNO DO ESTADO DE S. PAULO

Nesta segunda-feira, o programa Metrópole em Foco, da "Rádio Trianon", comandado pelo jornalista Pedro Nastri, e o jornal Gazeta de S. Paulo entrevistaram Márcio França (PSB), pré-candidato à prefeitura de São Paulo. A rádio e o jornal promovem uma série de encontros virtuais com os pré-candidatos, que já contou com Filipe Sabará (Novo), Orlando Silva (PCdoB), Jilmar Tatto (PT), Andrea Matarazzo (PSD), Guilherme Boulos (Psol) e Levy Fidélix (PRTB).

Ex-vereador e prefeito de São Vicente, ex-deputado federal e ex-governador de São Paulo, França ficou marcado nas últimas eleições para o governo paulista por ter embates duros com o vencedor daquele pleito, João Doria (PSDB). Como estratégia, o tucano costumava marcar que França era de um partido com “socialista” no nome, em um momento de alto desgaste da esquerda no País.

Neste ano, foi a vez de Guilherme Boulos (Psol) fazer uma espécie de caminho contrário ao dizer que França não pode ser considerado de esquerda. Questionado sobre o tema, o pré-candidato disse que seu socialismo é diferente ao de Boulos.

“O socialismo que ele defende, que é o da Venezuela, o de Cuba, eu respeito, mas não é o que defendo. O socialismo que eu defendo está em Portugal, está na Nova Zelândia, está em outro tipo de formato”.

“O Boulos é um rapaz bacana, um sujeito romântico. Agora, meu neto, Enzo, que fez 10 anos ontem, também é um rapaz bacana, mas eu não vou viajar num avião pilotado por ele porque vai cair”, completou.

Bolsonaro

Neste mês, França enfrentou desgaste com o PDT – partido do seu candidato a vice, Antonio Neto – ao se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com ele, agentes públicos devem manter relações cordial, e o encontro serviu para viabilizar o envio de doações ao Líbano.

“É um desperdício de energia do prefeito, do governador, ficar arrumando encrenca com quem está nas funções públicas”, afirmou.

Covas

Na entrevista, França criticou a gestão de Bruno Covas (PSDB) na gestão da pandemia, e chamou os hospitais de campanha de “hospitais de campanha eleitoral”. “Fortunas foram gastas e jogadas no lixo”.

Ele também destacou que quer implantar na Capital o "alistamento civil", programa para atrair jovens a fazer ações para a prefeitura, com o recebimento de uma bolsa.

O pré-candidato ainda afirmou que criará o “Plano Márcio” (em referência ao Plano Marshall, adotado na Europa após a Segunda Grande Guerra) para recuperar os comércios e empresas paulistanos, com injeção de R$ 10 bilhões na economia da cidade.

Forasteiro?

Adversários costumam citar que o pré-candidato não é da Capital e, por isso, não conheceria bem a cidade em uma eventual gestão. Ele falou de futebol para rebater o argumento.

“Estava vendo essa final da Champions League, e pensando: os grandes times têm gente de todos os lugares do mundo. A cidade de São Paulo é um grande time, tem que ter gente de todo lugar também. Só tem que saber se a pessoa é eficiente no que ela se propõe a fazer”.

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